A Secretária Municipal de Educação, Elisangela Duarte, disse, na manhã desta segunda-feira (18), que vê a definição de estado de greve por parte dos professores da rede municipal de ensino “neste primeiro momento, com bastante tranquilidade”. Ela ponderou em dizer que o movimento é “um direito que os professores têm, de reivindicar o piso nacional, nós entendemos isso, mas o Poder Executivo tem o direito, aliás, o dever de zelar por toda a cidade”, complementou.
Elisangela foi clara em reiterar o impeditivo para o não pagamento do reajuste de 33,24%. “Não é de hoje que estamos falando, desde fevereiro, estamos falando desta função do limite prudencial, que vai extrapolar, e muito, e vai acabar engessando toda a cidade”, enfatizou.
A chefe da SME disse que cada um pensa de uma forma, mas que assim como o Executivo está tratando todos os professores com respeito, também querem ser respeitados. “Assim como eu respeito, também gostaria de ser respeitada”, afirmou.
Ela disse que realmente faltam “algumas coisas” nos educandários. “Pode ter uma porta quebrada, pode não ter vidro, mas o trabalho dentro das escolas também não é cem por cento”, comentou.
Elisangela Duarte contou que a SME recebe pais do campo que tem que se dirigir até a Secretaria para fazer reclamações, como por exemplo, um professor de educação física que chamou a atenção das crianças porque estavam jogando futebol no campo e bateram com a bola no notebook dele. “Eu penso que como professor de educação física, em uma escola no campo, ele deveria no mínimo estar ali atuando com os alunos. Nós por respeito aos professores, ouvimos os pais e chamamos o diretor da escola. Isso é em todas as situações”.
O ESTADO DE GREVE…
Os professores da rede municipal de ensino deliberaram e aprovaram, na manhã desse sábado (16), o estado de greve. O encontro, que contou com aproximadamente 100 docentes aconteceu na Sala Cultural. Eles reivindicam a reposição no piso nacional do magistério, que até o momento não foi pago pela Prefeitura de Sant’Ana do Livramento.