Os professores da rede municipal de ensino deliberaram e aprovaram, na manhã deste sábado (16), a decretação de estado de greve. O encontro, que contou com aproximadamente 100 docentes aconteceu na Sala Cultural.
De acordo com o professor Tiago Torbes, a categoria ainda acredita que exista “um Poder Executivo que cumpra a lei”. Ele explicou que foi ponderado na Assembleia Geral que as escolas ficarão responsáveis por chamar a sua comunidade escolar, conversar e explicar como será feito o movimento. “O que a gente sabe é: a escola que aderir ao movimento vai garantir 30% do pessoal trabalhando. Agora, isso vai ser decidido com as direções e a comunidade”, contou.
O movimento se dá em virtude do não pagamento do Piso Nacional do Magistério, de 33,24%, por parte da Prefeitura de Sant’Ana do Livramento. A professora Carmen Vanusa explicou que em regime de votação, a categoria escolheu permanecer com o deliberado na última Assembleia, que aconteceu na Câmara de Vereadores. “Nós, profissionais de educação, não aceitamos 10% […] nós continuamos querendo o que é nosso de direito, que é o reajuste do Piso Nacional”.
No dia 1º de maio acontecerá um ato em frente à Prefeitura. “Nós vamos usar essa data para nos reunirmos novamente, para nos mobilizarmos e também para nos manifestarmos com toda a sociedade santanense e as demais classes de trabalhadores”, disse Tiago.
O QUE DIZ A SME
A secretária de Educação, Elisangela Duarte, disse que recebe a notícia com tranquilidade, entendo que da mesma forma que os professores lutam por um direito, o Poder Executivo zela pela continuidade dos serviços dentro do município. “Desde a publicação da Lei do Piso do Magistério, em 04 de fevereiro, o Executivo vem buscando alternativas para cumprir a lei, sem que para isso o Limite Prudencial seja ultrapassado de forma que as sanções venham a engessar o município como um todo”, comentou.
Ela disse que a SME aguarda o recebimento formal do documento que informa o estado de greve para que os próximos passos sejam dados, “prezando sempre pelo diálogo e respeito entre todos, tendo em vista no nosso foco principal que são os alunos e a garantia a seu direito a educação”, finalizou.