qua, 15 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Diretora relata dificuldades para manter escola funcionando

Tema foi alvo de manifestações da direção da escola que ganhou o noticiário estadual
Diretora Cátia Simone (Foto: Yuri Cardoso )

A diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Camilo Alves Gisler, Cátia Simone Fernandes, relatou essa semana, em entrevista ao programa Resenha Livre da TV A Plateia, as dificuldades que a equipe diretiva e os professores estão enfrentando para manter a escola em funcionamento. “A gente trabalha com doação da comunidade, de empresários, de lojas e os próprios professores que tiram do bolso deles para pagar internet, para pagar toner da impressora. É tudo conosco, todo grupo: professores, funcionários e equipe diretiva”, relatou a diretora.
Segundo Cátia, um agravante da situação financeira da escola foi a reprovação das contas da antiga gestora, o que comprometeu o envio de recursos do governo federal para o educandário. “A escola não tem verba nenhuma. Faz cinco anos que a gente não recebe verbas federais, pois as contas da antiga gestora não foram aceitas e aí ficaram dívidas. Nós estamos colocando em dia as prestações de contas junto ao FNDE, só que é bem demorado”.
Além de empresários, a direção disse que conta com o apoio da professora Ligia Gisler, filha do ex-prefeito Camilo Alves Gisler, que dá nome à escola. “Inclusive quem paga o nosso contador é ela”, disse Cátia.
Acrescentado aos problemas financeiros, a escola não tem acessibilidade e tampouco secretário, cargo que é desempenhado pela própria diretora. “A gente não tem nem material de Educação Física, sequer uma bola”, complementou.

O QUE DIZ A SME?

A secretária municipal de Educação, Elisângela Duarte, disse que a escola realmente não recebe verbas federais, pois duas gestões atrás tiveram problemas na prestação de contas e a atual gestão levou um tempo considerável para corrigir. “Agora estão aguardando a liberação junto ao FNDE”, ratificando a versão apresentada pela diretora.
Elisangela disse que assistiu a reportagem feita pelo Jornal A Plateia e declarou: “Nas palavras da diretora parece uma escola abandonada pela mantenedora. Assim como as demais, a escola Camilo Alves Gisler recebe mensalmente materiais didáticos, de expediente e de limpeza. Quanto aos materiais esportivos estamos com uma licitação em andamento para que todas as escolas recebam”.
Quanto à acessibilidade, o Núcleo de Apoio Pedagógico da SME já foi até a escola e fez o levantamento dos itens necessários. “Estamos providenciando a compra”, disse a secretária. Quanto ao computador da escola que foi levado, assim como a alimentação e o gás, a SME informou à escola que naquele mesmo dia seria providenciado um equipamento para substituir o que foi levado.
Neste momento a escola possui uma ronda, que faz horários alternados. Segundo Elisângela, está sendo estudado a lotação de mais um servidor para a escola, que então ficará com o serviço de ronda das 18h às 6h. O prédio sofreu um arrombamento e teve materiais furtados nesse fim de semana. “Somos conscientes de que nossas escolas precisam de muita atenção e suporte, mas reforçamos aqui nossa responsabilidade e comprometimento com todos nossos educandários. As dificuldades existem e são diárias, cada uma de nossas 44 escolas tem uma realidade diferente, problemas diferentes, necessidades diferentes, porém com uma mantenedora que trabalha diariamente com toda a dedicação para garantir uma educação de qualidade em sua totalidade a todos alunos da rede”, finalizou a secretária.

TCE-RS e Secretaria de Reconstrução do Rio Grande do Sul analisam projetos de concessão

Nesta terça-feira (14), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) recebeu a visita do Secretário de Reconstrução do Rio Grande do Sul, Pedro Capeluppi, na sede do Tribunal. O encontro teve como objetivo apresentar os projetos de concessão do Estado. Entre os temas observados pelo Governo Estadual, três estiveram em discussão. A resolução 1.157/2022 do TCE-RS estabelece que, sejam analisados