O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (STU) de Sant’Ana do Livramento teve aprovado, por maioria, no Conselho Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana (Comut), o documento que pede o reajuste da tarifa do transporte coletivo da cidade dos atuais R$ 3,30 para R$ 6,01.
A base de cálculo foi apresentada com a assinatura de uma contadora responsável, com a descrição do custo variável que compõe, entre outras despesas, combustível e peças, além do custo fixo, que compreende desde a depreciação dos veículos, passando pelo valor dispendido ao administrativo, operação e folha de pagamento dos funcionários.
O documento foi apresentado no Comut do município e foi aprovado por maioria: sete dos nove presentes na reunião foram favoráveis. A Brigada Militar, que também tem cadeira no conselho, se absteve; já o representante da União das Associações de Moradores (Unamos), e o presidente do Comut, Luiz Álvaro Rodrigues Fernandes (Zico), foram contrários à decisão. “Sou contra o reajuste enquanto não houver nenhuma melhoria nos veículos e, principalmente, nos horários”, disse Zico destacando que tem vários quesitos a melhorar no que diz respeito ao transporte coletivo da cidade.
A decisão sobre o aumento da tarifa é da Prefeitura, no entanto, a prefeita de Sant’Ana do Livramento, Ana Taroco (DEM), afirmou que ainda não recebeu o documento aprovado no Comut.
RELEMBRE
O último reajuste da tarifa de ônibus foi definido pelo poder judiciário. Na época, a juíza Carmen Lúcia da Fontoura, então titular da 1ª Vara Cível de Sant’Ana do Livramento, deferiu uma liminar para que a tarifa de ônibus ficasse no estabelecido pela prefeita Ana em R$ 3,30. Ao tomar sua decisão, a magistrada avaliou a manifestação da Secretaria Municipal de Planejamento junto aos técnicos responsáveis pelo Plano Diretor e o parecer da Unidade Central de Controle Interno (UCCI) sobre o tema. Carmen Lúcia considerou que o valor exposto através dos métodos utilizados pelo STU perfez uma tarifa máxima de R$ 7,00 e que as empresas se mantiveram na inércia desde novembro 2018, não pedindo reajuste.