seg, 3 de fevereiro de 2025

Variedades Digital | 01 e 02.02.25

O JULGAMENTO DO SÉCULO NO RS

Buenas!,

          Estamos vivenciando dias tensos. Não sabemos qual será o resultado, mas lhes garanto, ninguém sairá vitorioso deste embate. O julgamento da tragédia da boate Kiss já é considerado o mais longo da história judicial do Rio Grande do Sul. Não é por esse júri que o caso será lembrado, mas sim, para que as duzentas e quarenta e duas vítimas fatais e os mais de seiscentos feridos não sejam esquecidos. Com certeza, seus parentes e amigos não esquecem.

O julgamento deverá durar ao menos duas semanas, tal a sua complexidade e os seus possíveis desdobramentos. Escrevo estas linhas tortas antes da conclusão do caso, pois não tenho formação na área jurídica, no máximo uma empatia enorme por aqueles que sofreram de alguma maneira este acontecimento tão marcante na história de todos nós. Eu lembro com detalhes onde estava quando liguei a televisão e vi aquelas imagens tão impactantes. Imediatamente liguei para um primo que morava em Santa Maria e soube que ele estava em casa e, como eu, acompanhava pela televisão o acontecimento.

Agora, quase nove anos depois, a imprensa de todo o país acompanha as sessões do júri que está julgando o caso e transmite em tempo real para o mundo todo através das redes e mídias. Qual será o resultado ainda é uma incógnita, contudo, é um resultado mais do que aguardado pelos parentes daqueles que ali estiveram naquela fatídica noite de 27 de janeiro de 2013.

Caso algum dos meus interessados leitores não seja brasileiro, informo que abordo o caso da boate Kiss, como ficou conhecida a maior tragédia do estado e uma das maiores da história desta nação já tão fragilizada pelos governantes desde sempre, apesar de tão bela pelo por natureza e pelo povo que nela habita.

A Kiss foi  uma casa noturna que recebeu naquela noite quente de verão mais de mil jovens e seus sonhos. Durante o show, um membro da banda acendeu um sinalizador para lugares externos e queimou a espuma colocada no teto para abafar o som alto que incomodava a vizinhança. A espuma soltou gases, dentre eles, cianeto, que foi responsável pela morte por asfixia da maioria daqueles que ali pereceram.

Ninguém esquecerá daqueles dias. Não só os parentes daqueles que lá estavam, mas as milhares de pessoas que trabalharam no resgate das vítimas. Tenho colegas que ali estiveram no dia do evento ou depois.  Quem entrou no ginásio onde os corpos estiveram por um tempo até a identificação não consegue esquecer o som dos elulares tocando estridentemente junto aos corpos, certamente algum pai ou mãe tentando localizar o seu filho, um pai que ainda não havia recebido a notícia que iria desgraçar suas vidas. Até hoje, ao lembrar dos fatos, meus colegas ficam abalados, imagine um pai, uma mãe,  um irmão…

E depois de tanto tempo, temos o tão esperado julgamento dos envolvidos no caso escancarando as feridas nunca cicatrizadas. Como punir adequadamente cada um dos envolvidos? Qual o grau de responsabilidade dos donos da boate, dos músicos, dos bombeiros, dos políticos, dos seguranças do local? Nenhum deles quis a morte de ninguém, isto é mais do que óbvio,  porém elas morreram fruto de uma sucessão absurda de erros de diversas pessoas…

O resultado do julgamento é imprevisível. O júri foi transferido para Porto Alegre devido às preocupações das autoridades sobre possíveis transtornos. Apesar dos protestos performáticos e dos data vênia, o júri está transcorrendo sem maiores sobressaltos, apesar dos arroubos performáticos de alguns advogados de defesa.

Como faço costumeiramente, pergunto, pois não tenho todas as respostas, apesar de muitas pessoas acharem o contrário: será que os donos do local e os integrantes da banda que estão sendo acusados como responsáveis serão condenados? Se condenados, haverá pena suficiente para aplacar a dor de tantas pessoas?

Sabiam, caríssimos leitores e leitoras, que no Brasil uma pessoa só pode ficar na cadeia por no máximo trinta anos, não importando se tenha sido condenado por 300 ciclos solares? E, boa parte das vezes, sai mais cedo ainda, devido aos atenuantes legais das penas. Não existe prisão perpétua, muito menos pena de morte. E aqui faço novo questionamento: a lei de Talião, que exige reciprocidade rigorosa, teria razão de ser executada nos dias atuais?

Como lidar com isto, como punir corretamente os responsáveis por fazer ruir tantas estruturas familiares?

Eu não queria estar na pele deste juiz, muito menos dos jurados. Eles ficaram trancados em um hotel do início ao fim do julgamento, para não ter contato com o mundo exterior, para não serem influenciados. Espero que eles não confundam vingança com justiça, que é o mínimo que se espera.

Tão importante quanto a punição aos responsáveis, precisamos resgatar a sensação de justiça, ainda que ela não elimine as dores sentidas pelos que sofreram com aquele incêndio. Ao menos teremos a esperança realimentada de que nunca mais algo desta magnitude aconteça em terras brasileiras…

Secretaria da Fazenda (Foto: Yuri Cardoso/AP)

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Resumo de segunda-feira – 03/02/2025

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Ao falar de religião, não é possível fugir dos termos bíblicos, e é por isso que para falar de Uniopcionalismo, é necessário utilizar tal terminologia. O Uniopcionalismo é um movimento religioso de tipo evangélico, porém totalmente oposto a todos os movimentos religiosos famosos conhecidos, não acreditando na salvação de ninguém que pertença a eles, pois esses movimentos afirmam que a