qua, 22 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 18 e 19.01.25

“Trabalhamos para que não se precise transportar pacientes”, afirma prefeita sobre hemodiálise

Decisão judicial dá prazo de 48 horas para um posicionamento do Governo do Estado
Prefeita Ana Tarouco (PL) Foto: Matias Moura/AP

A prefeita Ana Tarouco (DEM) afirmou, no início da noite desta sexta-feira (24), que sua equipe continua trabalhando para que os pacientes com doenças crônicas renais que necessitam de hemodiálise não precisem deixar o município para fazer o tratamento, após o fim da prestação de serviço pela empresa Cardio Nefroclínica, no final do mês de setembro. “Trabalhamos para que o município não precise transportar pacientes”, afirmou ela.

Tarouco disse isso após sair a decisão de urgência tomada pela juíza Carmen Lucia Santos da Fontoura, titular de 1ª Vara Cível de Sant’Ana do Livramento, que deu o prazo de 48 horas para que o Estado do Rio Grande do Sul indique qual será a cidade de referência da diálise para os 40 pacientes santanenses que precisam do tratamento no município.

ENTENDA O CASO

No dia 08 de setembro, a Cardio Nefroclínica anunciou em um comunicado à comunidade santanense que o contrato para tratamento encerra neste mês e que não há possibilidade de renovação nos termos vigentes. De acordo com a nota divulgada pela Clínica, os valores repassados por parte do SUS não são reajustados há mais de cinco anos, não tendo mais como arcar com o custo das sessões de diálise.

O anúncio gerou repercussão na comunidade e reação da Prefeitura, que comunicou ao Estado, solicitando que o mesmo indique onde será realizado o serviço. Contudo, até a sexta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde não havia se manifestado onde serão realizados os procedimentos. Pensando em salvaguardar a saúde e o tratamento dos pacientes, a Prefeitura entrou com uma ação cobrando um posicionamento do Estado, que após a determinação da juíza Carmen Lúcia deve ser dado em até 48h.

Com isso, a Prefeitura fica com a definição de para onde deverá levar os pacientes, caso seja necessário. Isso porque, ainda na mesma decisão, consta que o Executivo, interventor do Hospital já está atuando para garantir o serviço em Sant’Ana do Livramento mesmo, mas que pode demorar até seis meses. “Trabalhamos 24 horas para que esta liminar não precise acontecer, ou seja, que possamos prestar o serviço na nossa Santa Casa. Estamos preocupados com a continuidade do tratamento dos pacientes, que é o principal”, disse a prefeita. “[…] O judiciário e o Ministério Público foram compreensíveis e prudentes”, complementou sobre a decisão.

Foto:Yuri Cardoso/AP