A prefeita Ana Tarouco (DEM) afirmou, no início da noite desta sexta-feira (24), que sua equipe continua trabalhando para que os pacientes com doenças crônicas renais que necessitam de hemodiálise não precisem deixar o município para fazer o tratamento, após o fim da prestação de serviço pela empresa Cardio Nefroclínica, no final do mês de setembro. “Trabalhamos para que o município não precise transportar pacientes”, afirmou ela.
Tarouco disse isso após sair a decisão de urgência tomada pela juíza Carmen Lucia Santos da Fontoura, titular de 1ª Vara Cível de Sant’Ana do Livramento, que deu o prazo de 48 horas para que o Estado do Rio Grande do Sul indique qual será a cidade de referência da diálise para os 40 pacientes santanenses que precisam do tratamento no município.
ENTENDA O CASO
No dia 08 de setembro, a Cardio Nefroclínica anunciou em um comunicado à comunidade santanense que o contrato para tratamento encerra neste mês e que não há possibilidade de renovação nos termos vigentes. De acordo com a nota divulgada pela Clínica, os valores repassados por parte do SUS não são reajustados há mais de cinco anos, não tendo mais como arcar com o custo das sessões de diálise.
O anúncio gerou repercussão na comunidade e reação da Prefeitura, que comunicou ao Estado, solicitando que o mesmo indique onde será realizado o serviço. Contudo, até a sexta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde não havia se manifestado onde serão realizados os procedimentos. Pensando em salvaguardar a saúde e o tratamento dos pacientes, a Prefeitura entrou com uma ação cobrando um posicionamento do Estado, que após a determinação da juíza Carmen Lúcia deve ser dado em até 48h.
Com isso, a Prefeitura fica com a definição de para onde deverá levar os pacientes, caso seja necessário. Isso porque, ainda na mesma decisão, consta que o Executivo, interventor do Hospital já está atuando para garantir o serviço em Sant’Ana do Livramento mesmo, mas que pode demorar até seis meses. “Trabalhamos 24 horas para que esta liminar não precise acontecer, ou seja, que possamos prestar o serviço na nossa Santa Casa. Estamos preocupados com a continuidade do tratamento dos pacientes, que é o principal”, disse a prefeita. “[…] O judiciário e o Ministério Público foram compreensíveis e prudentes”, complementou sobre a decisão.