A Justiça Criminal, através da 4ª Câmara do Rio Grande do Sul, aceitou uma denúncia feita contra o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB) e mais oito pessoas. De acordo com o processo, referente à Operação “Factótum”, os investigados, teriam agido de forma conjunta, com o objetivo de obterem, direta e indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais contra a administração pública. Em 2019, o prefeito foi afastado do cargo por 180 dias. Agora, o processo permanece tramitando na esfera judicial até a sentença final.
Em sessão telepresencial realizada em abril deste ano, a denúncia oferecida pelo Ministério Público, ajuizada em agosto de 2019, contra Divaldo e outras oito pessoas foi recebida integralmente pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS, por unanimidade. Conforme a denúncia, os crimes ocorreram de janeiro de 2017 a outubro de 2018, quando foi deflagrada a fase ostensiva da Operação Factótum, período em que o prefeito, segundo o processo, líder da organização criminosa, agentes políticos, empresários e servidores públicos causaram um prejuízo superior a R$ 1,2 milhão aos cofres municipais.
A denúncia foi assinada pela procuradora de Justiça Ana Rita Nascimento Schinestsck, coordenadora da Procuradoria de Prefeitos, que representou o MPRS na sessão da 4ª Câmara desta quinta-feira, e pelos promotores de Justiça Antonio Képes, da Procuradoria de Prefeitos, e Cláudio Morosin Rodrigues, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).