qui, 16 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Homem é preso carneando cavalos que eram comercializados em açougue de Livramento

Na operação, foi apreendido um veículo Monza, com uma grande quantidade de carne clandestina no porta-malas

Um homem foi preso, na manhã do último dia 17, pela Brigada Militar e a Polícia Civil em Sant’Ana do Livramento por furto de cavalos, o que caracteriza abigeato, carneando estes animais. Segundo a Brigada Militar (BM), as carnes oriundas dos corpos dos equinos eram vendidas constantemente a um estabelecimento comercial, mais precisamente um açougue.
A ocorrência iniciou quando a Patrulha Rural da Brigada Militar recebeu algumas informações e foi averiguar a situação nas imediações do bairro São Paulo. A partir disso, iniciou-se buscas pelos homens, dois foram presos e um fugiu em direção ao mato.
“O indivíduo preso pela Brigada Militar está sendo autuado por receptação e por matar o cavalo, ele sabia que este animal que ele abateu e dividiu em partes era produto de furto e sabia também que a carne era para a produção de linguiça”, disse a delegada Giovana Muller.
Na operação, foi apreendido um veículo Monza, com uma grande quantidade de carne clandestina no porta-malas que, após a realização da perícia foi constatada que era de cavalo, além de uma faca que, possivelmente era utilizada para carnear os animais. No açougue, que supostamente comercializava a carne de equinos, foram encontradas carcaças de animais, tais como: cabeça e couro de cavalo.
Quanto a um vídeo que circula em grupos de WhatsApp em que um dos presos aparece sendo agredido com uma ripa de madeira, o tenente Kleber informou que as agressões não foram de iniciativa da Brigada Militar e que possivelmente foi praticada por populares da região. Os proprietários dos animais furtados e abatidos ainda não foram encontrados e tampouco identificados.
O homem foi autuado e levado para Penitenciária Estadual de Sant’Ana do Livramento, mas o inquérito ainda deve apurar o envolvimento de outras duas pessoas no caso, a pessoa que auxiliou ele a abater o animal e outra que efetivamente encomendou o trabalho e iria produzir e vender as linguiças.
Segundo o chefe do Serviço de Inspeção Municipal, Ariel Duarte Lima, “não se pode comer um produto que não tenha passado pela inspeção sanitária. Essa carne tem vários problemas: Não tem procedência, é fruto de abigeato, não ter passado por um frigorífico oficial com inspeção sanitária. Estes são os problemas recorrentes dos produtos clandestinos. ”