dom, 22 de dezembro de 2024

Variedades Digital | 21 e 22.12.24

Livramento participa do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali

Grupo de trabalho reunido em Brasília para discutir ações de prevenção , combate e controle do Javali

O grupo Javali no Pampa representado pelo médico veterinário La Hire Mendina Filho e o analista ambiental Raul Paixão Coelho, chefe da APA do Ibirapuitã fazem parte do grupo de trabalho criado para desenvolver ações no país

 

Entre os dias 13 e 15 do mês passado, o Grupo de Assessoramento Técnico do Plano Javali (GAT) se reuniu em Brasília /DF , para monitorar o andamento das ações e definir indicadores e metas para avaliação do plano. O GAT tem a finalidade de acompanhar a implementação e realizar a monitoria e avaliação do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali (Sus scrofa) no Brasil.

Mais da metade das ações previstas no plano estão em implementação, sendo que 48% delas estão em andamento conforme o previsto e 16% em andamento, mas com problemas. Esse resultado é muito expressivo e mostra que o manejo do javali vem sendo considerado prioritário para os envolvidos.

A publicação do documento foi resultado de um esforço coletivo e sua implementação é uma resposta aos anseios para reduzir os impactos causados por essa espécie exótica invasora. “De forma geral, avaliamos que ele está sendo implementado com sucesso, no entanto, estamos cientes de que muitas ações essenciais estão com dificuldade de andamento por diversos motivos, como a inexistência de um sistema informatizado de declaração e autorização de manejo”, analisaram os componentes do GAT.

No caso específico do ICMBio, a principal dificuldade identificada para implementação das ações foi a falta de uma coordenação no órgão responsável por invasões biológicas para coordenar e fortalecer atividades de manejo do javali nas unidades de conservação (UCs) e também a escassez de recursos financeiros e humanos.

Além disso, o levantamento de informações sobre como as unidades vêm atuando neste tema também é escasso e de difícil aferição. O GAT é composto por instituições públicas e da sociedade civil envolvidas no manejo do javali: ICMBio; Ibama; ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Embrapa; Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina; Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e Equipe Javali no Pampa (Santana do Livramento).

O Plano Javali foi elaborado em 2016, em uma oficina que contou com a presença de 50 participantes. O objetivo central do documento é conter a expansão territorial e demográfica do javali no Brasil e reduzir os seus impactos, especialmente em áreas prioritárias de interesse ambiental, social e econômico.

O plano foi publicado pela Portaria Interministerial MMA MAPA 232/2017 e conta com 78 ações a serem implementadas até 2022. Atualmente, seis ações do plano são articuladas por servidores do ICMBio. Eles são responsáveis por fazer a ligação entre parceiros e outros servidores do próprio órgão para que tais ações sejam executadas, e pedem apoio dos colegas do instituto para a implementação destas ações.

CONHEÇA OS ARTICULADORES DE CADA UMA DAS AÇÕES REALIZADAS PELO ICMBio

– Elaborar regulamentação de manejo de espécies exóticas invasoras em UCs federais (Tainah Guimarães – CBC)

– Articular o uso de tecnologias voltadas para a gestão do manejo do javali (Raul Paixão – APA do Ibirapuitã)

– Avaliar bianualmente a ocorrência de javalis em UCs federais e entorno (Tainah Guimarães – CBC)

– Articular com estados para avaliar a ocorrência de javalis em UCs e entorno com metodologia padronizada (Leôncio Lima – CR9) Servidores que tiverem interesse em auxiliar os articuladores podem entrar em contato diretamente com eles.

Aprovada Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras

O texto revisado da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras foi aprovado e publicado no Diário Oficial da União neste mês. O Instituto Chico Mendes participou do processo de revisão, realizado pela Câmara Técnica de Espécies Exóticas Invasoras, da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio). Os analistas ambientais Alexandre Sampaio e Tainah Guimarães, do Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado (CBC), foram os representantes do ICMBio na câmara técnica.

A Estratégia Nacional tem um horizonte temporal de 12 anos e busca orientar a implementação de medidas para evitar a introdução e a dispersão, além de reduzir o impacto de espécies exóticas invasoras sobre a biodiversidade brasileira e serviços ecossistêmicos e controlar ou erradicá-las.

Sua implementação será feita por meio do Plano de Implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras. Seguindo este trabalho, uma espécie exótica invasora já conta com plano específico, que visa conter a expansão territorial e demográfica do javali no Brasil e reduzir os seus impactos, especialmente em áreas prioritárias de interesse ambiental, social e econômico.

Outros dois planos – mexilhão-dourado e coral-sol –foram elaborados e estão aguardando apenas sua publicação. Algumas unidades de conservação (UCs) já vêm trabalhando com o manejo para controle de algumas destas espécies exóticas invasoras, como coral-sol, javali, ratos e gramíneas africanas.

No entanto, ainda há unidades que não iniciaram ações para controle dessas e outras espécies. Nesse sentido, as UCs que forem iniciar estas ações podem contar com o auxílio do CBC (Tainah Guimarães e Alexandre Sampaio) nas discussões e definições técnicas.

Fonte : http://www.icmbio.gov.br

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