As ações asiáticas fecharam em alta, a exemplo dos futuros em Wall Street, que operam com leves ganhos neste início de sexta-feira, com os investidores avaliando as perspectivas de crescimento econômico após um acordo provisório sobre o plano de infraestrutura anunciado por Biden.
O Índice Stoxx 600 opera com leves perdas nas montadoras, moderadas por ganhos nas empresas de construção após o anúncio do acordo bipartidário de US $ 579 bilhões que impulsionou Wall Street na parte final da sessão de quinta-feira.
O rendimento de referência do Tesouro dos EUA para 10 anos oscilou em torno de 1,50%, enquanto o petróleo se manteve acima de US $ 73 o barril, com os investidores aguardando as deliberações entre os produtores da OPEP + que podem levar a um aumento da oferta.
O estímulo fiscal antecipado e os comentários tranquilizadores de seus representantes estão aos poucos restaurando a estabilidade dos mercados que foram afetados pela reunião do Federal Reserve da semana passada e as preocupações de que a inflação mais rápida acelerará o aperto da política monetária. As ações globais estão preparadas para seu maior avanço semanal desde março, estendendo seu quinto ganho mensal.
Espera-se que o projeto bipartidária dos EUA seja aprovada no Congresso por um projeto de lei que gastaria trilhões a mais no que Biden vem chamando de “infraestrutura humana” à qual os republicanos se opõem. Ainda não está garantido que nenhuma das medidas obterá apoio legislativo amplo o suficiente, dadas as divisões políticas nos EUA.
Por aqui, auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) encontraram suspeitas de irregularidades envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo. Relatório produzido pela área técnica da Corte de Contas apontou “possíveis impropriedades” no processo de contratação de 20 milhões de doses do imunizante a R$ 1,6 bilhão.
O Ministério Público Federal e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado também investigam o negócio. O Ministério da Saúde ainda não pagou pelas doses, mas o valor do contrato já foi empenhado.
A área técnica do TCU registra que, embora haja “necessidade de atuação proativa e eficiente” do Ministério da Saúde na compra por vacinas contra a covid-19, a atuação “não pode ser feita com prejuízo da segurança, qualidade e risco/benefício da vacina a ser adquirida, o que só pode ser garantido mediante autorização do órgão técnico competente, no caso a Anvisa”.