Os futuros em Nova York operam em alta firme, a exemplo do já encerrado mercado asiático (exceção feita à Coreia do Sul), com o aumento das apostas de que o Federal Reserve manterá o suporte monetário nos próximos meses, uma vez que uma recuperação na maior economia do mundo segue alimentando temores em relação a inflação.
A volatilidade implícita para os principais índices globais permanece moderada, sugerindo que os investidores não estão precificando uma surpresa do Fed nos próximos seis meses.
Os contratos futuros do S&P 500 e Nasdaq 100 apontam para o positivo, depois que as ações dos EUA encerraram sem direção única na sexta-feira. O Bitcoin avançou acima de $ 35.000 após outro fim de semana de grande volatilidade .
A repressão da China ao rali das commodities pesou sobre os preços das matérias-primas, com o aço caindo mais de 5% e o minério de ferro seguindo o mesmo caminho. O índice de metais industriais da Bloomberg caiu pelo quarto dia, para a mínima de um mês.
Embora os indicadores de mercado das expectativas de inflação tenham diminuído recentemente, persistem as preocupações de que a recuperação pós-pandemia possa gerar pressões sobre os preços, e alguns países também enfrentam picos de Covid-19.
O petróleo bruto WTI subiu acima de US $ 64 o barril em meio a novos sinais de que a economia dos EUA segue em franca recuperação. Os traders também monitoram o progresso nas negociações para reviver o acordo nuclear iraniano que poderia levar a um aumento no fornecimento global de petróleo.
O avanço das campanhas de vacinação contra a covid-19 no mundo, que bateu nesta semana a marca de 1,6 bilhão de doses aplicadas, ampliou a desigualdade entre países ricos e pobres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os países de alta renda, com 15% da população mundial, compraram 45% de todas as vacinas disponíveis. Cerca de dez países, a maioria na África, sequer aplicaram uma única dose.
O cenário preocupa especialistas. A OMS estima que a lenta vacinação em alguns países pode prolongar a pandemia. Os grandes laboratórios afirmam que seria possível imunizar a maioria da população mundial até o fim de 2021, mas especialistas alertam que países mais pobres podem conseguir terminar a inoculação apenas em 2024.
Por aqui, a presença do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em uma manifestação político-partidária no Rio criou um constrangimento para o Comando do Exército e pode abrir uma nova crise militar no governo de Jair Bolsonaro. Isso porque Pazuello é general de divisão da ativa e como, todo militar da ativa, está proibido pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército de participar de manifestações coletivas de caráter político.
O Comando do Exército deve analisar nesta segunda-feira. Até o começo da tarde deste domingo, a instituição não havia se pronunciado sobre o caso.