Notícias sobre doenças sempre foram muito contagiosas. Pessoas, entretanto, tentam entender estatísticas sofisticadas e o comportamento biológico de um vírus complexo com atalhos perigosos. Surgem receitas mágicas – que vão de inocentes dicas até o aproveitador criminoso. O problema piora quando se desvia da ciência – uma espécie de mutação da verdade – que é muito mais virulento. Parece haver mais confiança na mensagem sem referências e o texto de redes sociais do que no cientista, como se o alinhamento crítico responsável fosse uma espécie de sabotagem, em uma conspiração ideológica.
Decisões deixam de ser técnicas, com uma corrida apaixonada por substâncias que mostram qualquer atividade em tubos de ensaio, sem avaliar a repercussão de como isso pode prejudicar a saúde sem avaliação completa, e desabastecer alocação de recursos mais efetiva. Transparência, tanto do método quanto do real impacto da intervenção é, da mesma forma, um elemento fundamental nessa fórmula. O método científico deve ser célere, reproduzível e ético. Corromper qualquer preceito nos desvia da solução.
Mas, mesmo com informações incontroláveis do mundo digital, pode haver avanços. Há evidente necessidade de criar uma cultura de entendimento científico, o mais precocemente possível na jornada de educação. Não é só informar, mas é ensinar a entender e analisar criticamente cada fato para que se possa visualizar efetivamente prioridades e estratégias. Esses momentos mostram que, muito possivelmente, o remédio certo para vencermos os desafios atuais e as novas doenças que surgirão é com educação sólida, que amplie a visão e entendimento, a luz de evidência científica sob olhar crítico, e reconhecer a diferença entre opiniões e fatos. Receita para não deixar que as fakes news piorem o problema? Adote uma fonte de confiança e não se deixe contaminar por antíteses simplistas como liberdade e ditadura, direita e esquerda, amigo e inimigo, como amor e ódio.
* Dr. Stephen Stefani,
médico oncologista da Oncoclínicas RS
SOBRE O GRUPO ONCOCLÍNICAS
Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com 68 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.
Seu corpo clínico é composto por mais de 800 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.
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