Um ano depois do início da pandemia e do surgimento dos primeiros casos de Covid-19 em Sant’Ana do Livramento, o município já soma mais de 22 mil pessoas vacinadas contra a doença. Por outro lado, a cidade já ultrapassou os cem óbitos. Na manhã de sexta-feira (23), por exemplo, quando um homem de 37 anos que não possuia comorbidades foi a mais uma vítima.
Os informativos diários da Covid no município mostram que a faixa etária das mortes está diminuindo cada vez mais. Por este motivo, as autoridades sanitárias estão alertando a população sobre a necessidade do cumprimento dos protocolos. Segundo os números da vacinação municipal, até o dia 20 de abril, haviam sido imunizadas 22.432 pessoas.
VACINAS
Apesar de todos os esforços e disponibilidade de horários diferenciados pela Secretaria de Saúde, muitas pessoas não estão querendo ser vacinadas por causa de reações. Segundo Raquel Levy, coordenadora das imunizações, os idosos se recusam a tomar a primeira dose do imunizante quando descobrem que a vacina aplicada será a AstraZeneca. De acordo com a coordenadora, este fato não tem acontecido somente na cidade, mas também em nível de estado e país. “Isso para nós é bem complicado, é triste ver que as pessoas querem escolher a vacina que querem tomar”, comentou.
“Isso não é admissível, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece essa vacina, a Secretaria de Saúde do Estado já falou que a pessoa não pode escolher qual vacina vai tomar”, comentou Raquel Levy.
ARTICULAÇÃO
Nessa semana, dois encontros por videoconferência, com a presença dos embaixadores do Brasil em Montevideo, Antonio Simões e do Uruguai em Brasília, Guillermo Valles, foram examinadas alternativas ao processo solidário de cooperação fronteiriça na imunização da população da fronteira. O encontro virtual organizado pelo deputado Frederico Antunes (PP) teve a presença das Secretárias Arita Bergmann, da Saúde e Ana Amélia Lemos, de Relações Federativas e Internacionais do RS, em Brasília. A ideia é encontrar uma forma de cooperação que permita, com as doses de vacinas excedentes no Uruguai, sejam destinadas a quem vive na fronteira de Livramento e Rivera. Na quinta feira, reunião mais ampla, organizada pelo Itamaraty, continuou o debate para quantificar a população atendida, que chega a 56 mil só em Livramento. Uma nova reunião, no dia 30 de abril, deve tratar sobre o tema e a reabertura dos free shops riverenses.