As ações asiáticas fecharam em sua maioria no terreno negativo, em contraponto aos futuros em Wall Street, enquanto os investidores seguem de olho nos lucros corporativos da temporada de balanços e os recentes picos de novos casos de coronavírus em todo o mundo.
Os preços do petróleo subiram acima de US $ 64 o barril, justo no aniversário de um ano, que marcou a queda no preço da commoditie abaixo de zero.
As ações caíram principalmente na Ásia, com exceção da Coréia do Sul e Hong Kong, onde a gigante de entregas Meituan arrecadou US $ 9,98 bilhões com uma venda de títulos conversíveis.
A sétima sessão consecutiva de quedas do dólar norte-americano ajudou os preços do petróleo a subirem para seus níveis mais altos em um mês.
Os investidores seguem aguardando novos sinais de confirmação da recuperação do setor privado, à medida que a temporada de lucros ganha força nos EUA. O ponto positivo nos resultados mais recentes, foi o primeiro ganho de receita para a International Business Machines (IBM) em onze trimestres.
Mesmo com esta última retração nos principais índices e as últimas notícias sombrias sobre a disseminação da Covid-19, as ações globais seguem muito próximas de suas altas recordes.
Enquanto isso, o presidente da China, Xi Jinping, usou um discurso no “The Boao Forum for Asia Annual Conference 2021”, para prometer cooperação nos desafios globais, desde a mudança climática até a pandemia, e pediu aos EUA e seus aliados que evitem “mandar nos outros”.
Por aqui, governo e Congresso Nacional selaram um acordo que pode elevar a mais de R$ 125 bilhões os gastos de combate à pandemia de covid-19 fora da meta fiscal e do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação. No mesmo acerto, o governo cedeu à pressão dos parlamentares e deve preservar R$ 16,5 bilhões em emendas dentro do Orçamento a partir de cortes em suas próprias despesas de custeio e investimento.
O avanço das negociações veio na esteira de uma série de embates entre governo e Congresso em torno da sanção do Orçamento de 2021 e da demora no relançamento de programas emergenciais para atacar a nova onda mais agressiva de covid-19. “Ao final, quem tinha que ter tranquilidade conseguiu negociar para atender às necessidades orçamentárias e políticas do momento”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).
A meta hoje permite déficit de R$ 247,1 bilhões e poderia estourar com o lançamento dessas medidas. Já no caso do teto, essas despesas já ficam de fora por serem bancadas via créditos extraordinários.