Por Germano Rigotto
As bolsas asiáticas fecharam em baixa, assim como os futuros em Nova York (exceção ao índice Nasdaq), com os investidores atentos à fala do presidente americano, Joe Biden, que deve revelar hoje, detalhes de um novo plano econômico que deve incluir um aumento de US $ 2 trilhões nos gastos com infraestrutura.
Um indicador da indústria manufatureira da China aumentou em março, sugerindo que a recuperação doméstica está ganhando ritmo à medida que a atividade econômica volta ao normal e a demanda se fortalece.
Os bancos pesaram no indicador de patrimônio do Japão depois que a Mitsubishi UFJ Financial Group se juntou à lista de empresas globais que sofreram um duro golpe com a queda das ações chinesas, enquanto o índice da Austrália teve desempenho superior.
Após repercutir o colapso da Archegos Capital Management de Bill Hwang, nas primeiras duas sessões da semana, os investidores estão voltando sua atenção para a retomada econômica e os riscos da inflação.
Embora a luta da Europa com as inoculações e o ressurgimento do coronavírus tenham moderado as expectativas de crescimento, a vacinação nos Estados Unidos está ultrapassando todos os prognósticos, com a promessa do governo federal de vacinar cerca de 90% da população adulta já nos próximos meses.
Os rendimentos do Tesouro de dez anos subiram pela quarta vez em cinco dias, sendo negociados perto do valor mais alto em 14 meses. O ouro se estabilizou após uma queda de dois dias, mas permaneceu abaixo de 1.700 por onça troy. O petróleo bruto West Texas Intermediate subiu antes da reunião de 1º de abril da OPEP e seus aliados.
Por aqui, o Brasil segue se consolidando como epicentro mundial do coronavírus: nesta terça-feira, o país registrou 3.668 novas mortes pela covid-19. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo quinto dia consecutivo e ficou em 2.728. Os dois números são recordes e os mais altos registrados no País durante a pandemia de coronavírus.
A situação é tão crítica que as mortes registradas quase superaram a soma dos óbitos de outros nove países também nesta terça: Estados Unidos (815), Itália (529), Polônia (461), Rússia (409), Índia (355), França (348), Ucrânia (286), Hungria (274) e Alemanha (234). Esse é o top 10 de mortes no mundo por covid nesta terça, até as 20h, com o Brasil na primeira posição. Todos os nove países somaram 3.711 mortes (segundo dados do Worldometers) enquanto o Brasil sozinho registrou uma marca próxima a isso.
No total, o Brasil tem 317.936 mortos e 12.664.058 casos da doença.