Nesta quarta e quinta-feira acontece na Praça General Osório a já tradicional feira do peixe a partir das 9h00 da manhã. O evento que é promovido pela Associação Santanense de Piscicultores, com o apoio da Secretaria de Agricultura e da EMATER ofertará seis espécies de peixe que você poderá comprar: Carpa Capim; Carpa Húngara; Carpa Prateada; Carpa Cabeçuda; Traíra; Bagre. Para quem for até o local é obrigatório do uso da máscara. Para evitar aglomeração, será disponível a tele entrega pelo fone (55) 996962440.
A expectativa do produtor Regis Martins proprietário da piscicultura Nossa Senhora do Livramento, que também é promotora da feira e comercializar de 3 a 4 toneladas de pescado nos dois dias da feira.
Tradição na vende de peixe
Com 10 anos de atuação na fronteira, localizada na região do Sarandi 7º distrito de Livramento, o empreendimento trabalha com uma área de 2 hectares alagados contendo 7 tanques de produção, 2 tanques de recria e 5 de engorda com capacidade anual de 8 a 10 toneladas por ano. “Apensar de nós termos essa capacidade, hoje estamos com produção menor, porque ainda não temos público em Livramento que consumo por exemplo 8 toneladas durante a Semana Santa. Então nós estamos comercializando em média de 3 a 4 toneladas durante a nossa feira do peixe”.
Segundo o Regis, o setor de piscicultura no município tem grande possibilidade de expansão desde que hajam políticas públicas e ações de incentivo aos pequenos produtores. “ Livramento possui uma associação de piscicultores que foi registrada inclusive com CNPJ. Mas atualmente ela está parada por falta de sócios. No passado, no governo do prefeito Baseadas, o nosso setor foi bastante incentivado inclusive com criação na Granja Municipal depois disso a piscicultura sendo deixada de lado e perdeu força. Nós chegamos a ter cerca de 40 associados por falta de apoio e poucos continuaram “.
Segundo o produtor atualmente na Granja Municipal funciona um abatedouro de peixe onde todos os produtos comercializados na feira são abatidos e inspecionados inclusive com emissão de nota fiscal. – Aqui na região nós temos um mercado muito promissor nesta questão do peixe de água doce. Porque nós não temos quase produção, a não ser o mercado do extrativismo da traíra. E a maioria desse produto que nós encontramos aqui vem do Uruguai. Inclusive eles estão com um problema bastante grande de falta de peixe por conta da pesca predatória que não repõe. Já esses peixes de mar que chegam aqui congelados, são produtores que fazem mais de 500km. E nesse processo aí tem o valor do frete, combustível e fica meio inviável economicamente para os comerciantes. Então temos um mercado muito promissor. Nós já tivemos tempos atrás uma feira semanal do peixe que vendia de 3 a 4 toneladas por semana praticamente a mesma quantidade que nós vendemos nessa época do ano – disse.
A Piscicultura Nossa Senhora também realiza a venda de alevinos nos períodos de novembro a março que é época de reprodução. – Nós temos comercializado em média 15 mil alevinos por pedido. Onde os interessados geralmente buscam com a finalidade de reposição e para a criação, sem a intensão de comercialização. Realmente é um setor que tem potencial, mas precisa de uma estrutura melhor para funcionar. Com a organização dessa cadeia produtiva nós temos condições de fazer uma feira do peixe semanal. Nós precisamos muito do incentivo do poder público para a construção de tanques e açudes e estruturar os produtores, porque se não se torna bastante difícil e oneroso para o pequeno produtor.
FOTOS MATIAS MOURA/ Edições anteriores da Feira do Peixe.