Ao longo do final de semana, a informação de que os profissionais que integram a equipe de Fiscais do Comércio da Secretaria Municipal da Fazenda teriam sido imunizados contra a Covid-19 gerou polêmica nas redes sociais.
Na segunda-feira (29), o Executivo Municipal publicou uma nota oficial sobre o tema e nesta terça (30), a secretária da saúde Caroline Gomes disse que está muito tranquila com o trabalho que vem desempenhando. “Eu tenho a responsabilidade de ter o discernimento do que é certo e o que é errado. Eu vim para trabalhar corretamente dentro do município, dentro da pasta da saúde. Estou muito tranquila com as ações que estamos fazendo”.
A Secretária disse que os fiscais foram vacinados com base nos critérios impostos pelo Governo do Estado. “Na verdade, não é uma decisão que cabe a mim Secretária da Saúde, é uma decisão que está respaldada pelo ofício circular n°57 e respaldada pela 10ª Coordenadoria (Regional de Saúde)”.
Segundo Caroline, os profissionais integram a linha de frente do combate à doença através da fiscalização de aglomerações e festas clandestinas. “Não é furar a fila, é estar de linha de frente atuando, acabando com as festas, terminando com ônibus que vêm superlotados. […] Fico muito chateada porque, de fato, essas pessoas da fiscalização estão trabalhando arduamente manhã, tarde e noite”, pontuou.
FORÇAS DE SEGURANÇA
Com relação ao pedido de que os profissionais das forças de segurança pública sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação, a Secretária disse que não cabe a ela a decisão, mas em breve pode receber a autorização. “É claro que a gente quer fazer a vacinação da segurança […] eu acredito que na próxima remessa, quem sabe, a segurança e essas pessoas já tenham a garantia dessa vacina”.
Ainda sobre o tema, Caroline disse que as movimentações nesse sentido continuam. “É uma das coisas que nós estamos buscando bastante para que a gente possa fazer essa vacinação […] buscar um respaldo para que a gente possa vacinar para que não aconteça o que aconteceu em um município próximo a nós”, afirmou a Secretária fazendo menção ao caso de Bagé, onde os efetivos da Brigada Militar foram vacinados mesmo sem integrarem as normativas do Plano Nacional de Vacinação.
O prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB) passou a ser investigado criminalmente e administrativamente após Ministério Público do Rio Grande do Sul entender que gestores municipais não podem alterar o plano proposto pelo Planalto. Caso indiciado e condenado, Lara pode perder o cargo de prefeito.