Com a chegada da Páscoa, a população santanense não busca apenas por chocolates, mas, também alimentar uma antiga tradição: levantar pandorgas na Sexta-feira Santa.
Se em tempos normais o trabalho informal é responsável por ajudar muitas pessoas a sustentar as suas famílias, imagine na pandemia. Enquanto o desemprego atinge recordes históricos a chamada economia informal cresce porque a cada dia mais pessoas estão vendo na crise uma oportunidade de negócio. São vendedores ambulantes, feirantes, que muitas vezes ficam nas esquinas oferecendo os mais diversos produtos. No caso do nosso município com a diminuição do fluxo de pessoas circulando e dos turistas os “empresários informais” precisaram se adpar e as oportunidades.
Como é o caso do artesão e vendedor André, que há quase 30 anos trabalha como vendedor de diversos produtos e nesta época do ano vender as suas tradicionais pandorgas. Uma tradição que nem mesmo a pandemia será capaz de apagar segundo ele, pois a procura por este tipo de produto é muito grande. Por se tratar em primeiro lugar de uma tradição das famílias fronteiriças, e segundo por ser uma brincadeira sadia que não tem idade. Com seu “atelier” montado em pleno Parque Internacional onde o varal de pandorgas enche de cores o olhar curioso de quem passa pela rua. – Estamos vendendo bem. A gente começa a fazer elas ali no final de dezembro para vender aqui nessa época do ano. É uma oportunidade de ganhar um dinheiro extra e de manter essa tradição. Pessoas de todas as idades vem aqui comprar. Inclusive pessoas idosas que dizem que o ato de empinar pandorga remete a infância. Então a gente não pode deixar essa tradição morrer – comenta.
Com pandorgas de diversos modelos e tamanhos e as mais variadas cores, os preços estão em média a partir de R$10,00 reais até R$50,00 reais. – A gente espera vender em torno das de 200 pandorgas neste período – disse o vendedor ao Jornal A Plateia.