O governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, participou de forma remota de uma reunião da Comissão Temporária Covid-19 do Senado Federal nesta segunda-feira (15). Na oportunidade o Governador solicitou apoio ao Parlamento para agilizar a compra das vacinas contra a Covid-19.
Segundo Leite, o apoio do Senado é fundamental, principalmente em questões internacionais como a compra da vacina. “O Senado pode nos ajudar a exigir que o país se articule internacionalmente para adiantar a entrega de vacinas. Não adianta só comprar vacinas que vão chegar em outubro ou novembro, precisamos agilizar o cronograma e, para isso, é preciso contar com a solidariedade de organismos internacionais”, pontuou.
Durante o encontro, Leite apresentou a situação da pandemia no Estado, dando destaque aos números dos últimos dias, onde a taxa de ocupação de leitos de UTI passaram os 100%. Leite também disse acreditar que o distanciamento continua sendo de suma importância para reduzir o número de casos. “Fizemos uma expansão e já são mais de 2,3 mil leitos de UTI SUS, mas nenhum país no mundo venceu o coronavírus apenas com aumento de leitos, nem os mais ricos e robustos. Todos tiveram de adotar um tipo de distanciamento”, observou.
BANDEIRA PRETA
Durante a manhã de segunda, o Governador concedeu entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, onde não descartou a possibilidade de que a bandeira preta vigore até abril. “Estará por algumas semanas, porque o sistema hospitalar está totalmente tomado de demanda por coronavírus. O número de pacientes confirmados com a doença em UTIs era de 800 há um mês. Agora, são 2,5 mil. É uma pressão muito forte. Isso vai significar que o Estado entre provavelmente o mês de abril com bandeiras pretas”, declarou.
Mesmo sem a alteração da classificação do Estado, o Piratini estuda o retorno do sistema de cogestão, onde os prefeitos de cada região possuem mais autonomia para flexibilizar algumas atividades. Desta forma, as cidades poderiam adotar algumas medidas da bandeira anterior, no caso, a vermelha. Ainda sobre vacinas, o Rio Grande do Sul tentou acordo com diversos laboratórios, entre eles Pfizer, Moderna e União Química, responsável pela produção da Sputnik V.
A resposta de todas as empresas foi a mesma: as negociações com governos nacionais são prioridade. Devido à alta demanda, os estados terão que esperar, mas, caso um obtenha sucesso, todos serão beneficiados. “Cada governador está buscando uma frente específica. De certa forma, onde houver sucesso, será incluído no plano nacional. É um dever de solidariedade, porque a melhor estratégia é a que contempla o país”, opinou.
Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini (Imagem Ilustrativa)