Francisco José Vaz se diz prejudicado ao ter imagem de seu estabelecimento associada, de forma errada, com crime de abigeato
O início da semana foi marcado por mais uma operação da Polícia Civil, em parceria com a Brigada Militar e Vigilância Sanitária, onde alguns estabelecimentos comerciais foram alvo de fiscalização. A ação da polícia foi de “congelar” os locais (ou seja, guardar o estabelecimento até a chegada da fiscalização sanitária); por sua vez, os agentes visitaram as câmaras frias e fiscalizaram os produtos, desde o estado de conservação, embalagem até a procedência da mercadoria com Nota Fiscal.
Nesta semana o açougue Gran Beef de propriedade do empresário Francisco José Vaz foi alvo, mais uma vez, dessa ação, todavia, o comerciante considerou inadequado o procedimento e a associação feita ao seu estabelecimento como local de “venda de carnes fruto de abigeato”.
O empresário procurou a reportagem para dar uma declaração sobre o assunto e externar sua insatisfação com relação ao procedimento da fiscalização.
Segundo Francisco (Chico) as câmaras de congelados tem produtos com validade para seis meses, um ano e até dois anos e questionou o recolhimento de 30kg de uma mercadoria, sendo que ele possuía a Nota Fiscal da compra. Francisco disse que os fiscais pediram a Nota, mas ficaram no local apenas por duas horas, tempo insuficiente para buscar nos arquivos a Nota Fiscal correspondente ao produto comprado há um ano e ainda dentro da data de validade. “Eles pediram a Nota, mas não esperaram, isto é um absurdo, não posso deixar documentos importantes numa gaveta qualquer, estavam todos guardados e eles não esperaram, e agora? Levara minha mercadoria que estava boa e de correta procedência e quem vai pagar meu prejuízo? E a minha imagem, como fica?” questionou.
Francisco disse ainda que é contra a forma de abordagem: “Meu estabelecimento gera mais de dez empregos, é de tradição, é um local de família e daí fica cheio de policiais como se eu fosse um criminoso! Não tenho nenhuma passagem por abigeato e fizeram uma associação errada do meu negócio. Os fiscais vêm da rua e querem entrar nas câmaras com os sapatos sujos e depois vem me cobrar? É um absurdo” comentou. Francisco disse que trabalha desde os 13 anos de idade e o CNPJ de sua empresa existe desde 1991 e fica muito triste que a Fiscalização do Município esteja mais preocupada em prejudicar seu negócio do que de fato prender os reais criminosos.
Sobre a mercadoria apreendida sob a justificativa de não ter procedência, Francisco disse que já acionou um advogado para tratar do caso, em razão de que ele possuía, sim, a Nota Fiscal e não teve tempo hábil para buscá-la. Francisco fez ainda um apelo para os empresários e comerciantes do setor para que providenciem uma reunião para tratar sobre a forma de abordagem e fiscalização das autoridades que, o contrário de zelarem pelo que é correto, no seu entendimento, está apenas prejudicando o bom trabalhador.
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