Que o javali é uma praga que tem devastado lavouras, matado rebanhos de ovinos e causado diversos problemas ao meio ambiente já é de conhecimento de todos nós. Inúmeros são os relatos de ataques desses animais, divulgação e vídeos que circulam pelas redes sociais demostrando a ferocidade dessa espécie que é originária do continente europeu, mas que hoje está introduzida em praticamente todo o planeta.
Por ser um animal que se adapta muito bem a qualquer ambiente e bioma, ele tem se multiplicado rapidamente fazendo com que a sua erradicação total seja praticamente impossível, com isso é necessário que se desenvolvam estratégias que diminuíam o seu impacto e que possibilitem aos produtores rurais continuarem produzindo.
No Rio Grande do Sul, o javali, segundo estudos, foi introduzido pelo Uruguai com a finalidade de ser tornar um animal de caça. Com um estilo de vida livre ele acabou se esparramando trazendo sérios problemas para toda a região. Em Sant’Ana do Livramento, a cadeia produtiva mais afetada ao longo dos anos foi a ovinocultura onde produtores praticamente abandonaram a atividade por conta dos ataques aos rebanhos.
Pois foi justamente este o tema da palestra do médico veterinário La Hire Mendina que faz parte da Equipe Javali no Pampa durante a realização do IV Seminário Internacional del Jabalí promovido pela Universidad del Uruguay, do Cenur Noroeste, com sede em Rivera e que ocorreu de forma totalmente virtual nos dias 3 e 4 de dezembro com a participação de representantes da Espanha, Alemanha, Uruguai, Argentina e Brasil. O objetivo foi a troca de conhecimento.
No evento foi apresentado pela Equipe Javali no Pampa, as técnicas de mitigação de danos que estão sendo realizadas por produtores na região que são: a utilização de armadilhas com ceva; cercamento elétrico; busca ativa com cães; utilização de cães pastores integrados ao rebanho; e outras. “Nós apresentamos os resultados do nosso trabalho aos participantes. São técnicas que já estão sendo realizadas e apresentando um bom desempenho. Embora elas são sejam uma ciência exata, pois depende muito de vários fatores, entre eles o ambiente onde são inseridas. No nosso caso o objetivo é demostrar ao ovinocultor que com as metodologias certas é possível manter a atividade produtiva”, destacou.


Aplateia Digital | 19 e 20.04.25
SÁBADO E DOMINGO 19 E 20 ABRIL