Com a divulgação do mapa preliminar da 29ª rodada do programa de Distanciamento Controlado do Governo do Estado na última sexta-feira (20), todas as atenções se voltaram à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Sant’Ana do Livramento. Isso porque a região que engloba o município acabou sendo classificada com alto risco de transmissão do novo Coronavírus. Em entrevista, o responsável pela pasta, Eder Fialho, afirmou que Livramento foi a única cidade da região a impetrar um recurso para o retorno da bandeira laranja. “Eles (os demais municípios) estão com uma situação bem mais complicada do que o nosso município”.
Quanto à essa afirmação, Fialho pondera. “Nós ainda estamos tendo um pouco de sorte, mas também a competência do trabalho que vem sendo feito pela Vigilância Sanitária. Nós temos os mesmos números de 10, 15 dias atrás. Vem se mantendo a média de testagem, ou seja, nós estamos tendo uma media de oito a 10 pacientes positivos por dia”. Segundo o secretário, a única diferença do atual momento para o pico de agosto é o número de internações. “Agora nós estamos tendo mais internações. Hoje, nós temos sete pacientes internados, onde tem seis positivos e um suspeito que o resultado chega na parte da tarde. Na UTI nós não temos ninguém internado”, explicou.
Ainda sobre as internações, Fialho também destacou as alterações realizadas nas instalações da Santa Casa de Misericórdia, onde a estrutura da Ala Covid foi transferida para o andar térreo do hospital, onde o espaço, segundo o secretário, é maior e mais apropriado para os pacientes. Quanto ao recurso, o Executivo deve receber a resposta do Piratini na tarde desta segunda-feira (23), mas o Executivo santanense já se prepara para uma eventual negativa. Também prevista para a mesma tarde, está uma reunião geral para a definição de novas medidas para combater o avanço do vírus na medida, embora os números estejam subindo, Fialho disse que não deverão ocorrer muitas restrições. “A gente sabe que é uma bandeira vermelha, mas que a gente tem condições de dar continuidade aos serviços com bandeira laranja, tendo alguns cuidados e algumas restrições. Não tem como não ter”. Essa afirmação foi feita, de acordo com o secretário, observando o modelo de cogestão autorizado pelo Governo do Estado, onde os municípios ganharam mais autonomia e algumas imposições foram abrandadas.