ClimVet: Nosso compromisso é a saúde da sua família!
A menos que se trate de pássaros, lagartixas, ratos, baratas e seus parentes, crocodilos em alguns lugares da Austrália hihihih tudo bem…
Mas cachorros e gatos de rua não existem mesmo!
Ai você já deve estar pensando, caro leitor, “mas em Livramento tem e, tem muito!” Pois eu lhe respondo: tem muitos cães e gatos NA RUA querido. E ai está nossa grande questão! Na nossa cidade, todos sabem que existe uma grande quantidade de cães e gatos que estão soltos na rua por ai. MAASS esses animais nasceram na rua? É possível. A maioria nasceu na rua? Pouco provável. Eles vivem de caça, pesca e coleta? Com certeza não.
Apesar de abandonarem muitos animais lá!
AHHH chegamos num ponto crucial! ABANDONO! Tá ai!
E agora, uma historinha!
Um dia o Pedrinho, 5 anos, pediu pra mãe um cachorro de dia das crianças, o pai do Pedrinho não queria, mas quem resiste ao pedido de um filho né?! Dois anos depois, a família resolveu se mudar para Florianópolis, porque lá tem praia, Livramento não tem trabalho e faz muito frio né?!
Mas o Thor, o cachorro do Pedro, era um Australian, porque tava na moda e tal.. Só que lá em Floripa a família vai morar num apartamento! Um dia antes da mudança então, o pai do Pedro resolveu visitar o Batuva (por exemplo). No dia seguinte a família entrou no carro e todos estavam preparados para a viagem. O Pedro perguntou do Thor, e o pai disse que sabia que ele iria ficar triste porque o Thor não poderia ir na viagem, então não contou que ele teve que ficar na casa da Vilma, a amiga da vó do Badanha, em Livramento. O Pedro chorou até Butiá.. mas depois se empolgou com a praia e as coisas se acomodaram. Chegaram em Florianópolis e uns dois meses depois o Pedro insistiu que queria um cachorro de novo, mas como moravam em apartamento, escolheram um Buldogue Francês. Final do primeiro capítulo.Agora não dá Bolacha..
Uma breve explanação do capítulo: quando o cachorro vira um problema, a gente tem que resolver o problema. Obvio que o pai do Pedro não vai matar o Thor, que coisa horrivel! Mas quem sabe deixa-lo ser livre, selvagem, caçador, não seja uma ideia ruim! (Thor só saia de casa pra vir na Climvet tomar um banhão de vez enquando) E também.. muitas pessoas vão ao Batuva, alguém vai adotar o Thor!
OU NÃO.
Temos então, o mais novo “cachorro de rua” de Santana do Livramento! Thor! Ou Cusco! E não somente apenas isso, o mais novo pai de família das “cadelas de rua” de Santana do Livramento! Veja que lindo ciclo!
É possível que alguém adote o Thor, mas crie ele solto, afinal, ele “era da rua”. Então ele come em casa todos os dias, mas sai pra passear BEM TRANQUILO e tal, acha uma namorada.. o ciclo da vida né?! Família!
Nacem “caezinhos lindinhos fofinhos de rua”! Eles vão sobreviver? Eles vão passar fome? Eles vão ser comidos por um Gato-do-mato? Esta Sexta-feira, no Globo Repórter.
Essa é UMA hipótese do surgimento dos cães e gatos de rua da nossa cidade, podemos escrever um livro com tantas histórias possíveis de casos de abandono de animais ou da criação de animais semi-domiciliados. Mas a intensão desse texto é fazer a gente pensar. Tanto na responsabilidade que cada tutor tem com o seu cão em relação a não abandonar, a castrar, a cuidar. Quanto a nossa responsabilidade enquanto comunidade. Os cães e gatos não podem ser criados soltos nas ruas. Não podem sair para passear e gerar uma nova família que não é responsabilidade de ninguém. Isso gera acidentes de trânsito, acidentes por mordeduras, transmissão de doenças, problemas de saúde pública e etc.. Sei que a maioria que está lendo esse texto, tem o seu cão dentro de casa e bem comportadinho, a maioria castrado! (se possível, não compre, ADOTE! :D) Mas é bom trazer a discussão pra os nossos almoços de domingo. Até porque, em poucos dias acontecerá um evento público para colher assinaturas para o abaixo-assinado que está rolando com intensão de pressionar a prefeitura para a implantação do programa público de castração. Então, precisamos da ajuda de todos! A super população de cães e gatos de rua é um problema crônico de saúde pública. Ajude a recuperar a nossa cidade dessa cultura cruel dos “animais de rua”. Animais de rua não existem.
Texto elaborado por Raiza Chemeris, médica veterinária da CLIMVET.
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