* Foto tirada antes da pandemia da Covid 19 (Foto: Arquivo-Marcelo Pinto/AP )
Durante o final de semana, o Executivo Municipal trabalhou para buscar reverter a classificação de alto risco de disseminação do novo Coronavírus, sinalizada pelo Governo do Estado com a bandeira vermelha. Junto com os outros dez municípios englobados dentro da região três, foi impetrado o recurso e o resultado é aguardado ainda para a tarde desta segunda-feira (10).
Em contato com a reportagem do jornal A Plateia, o secretário municipal da saúde, Eder Fialho, projeta que o recurso não deve ser aceito e a bandeira vermelha deve se manter, mas mesmo assim, não haveria grandes mudanças. “Eu acredito que, devido à pressão que os municípios têm excercido em cima do governador, e o ônus político que estava indo só para ele, agora já existe uma fala de que mesmo os municípios estejam em bandeira vermelha eles podem atuar com o comércio sob bandeira laranja seguindo algumas restrições. Então, devido a isso, eu acredito que a bandeira vermelha vai se manter”, projeta.
Segundo Fialho, um dos motivos que contribuem para que a bandeira vermelha possivelmente deva ser mantida é o aumento no número de casos em Livramento. No último boletim epidemiológico, publicado na manhã desta segunda, o município contava com 281 casos positivos, dos quais 53 ainda estão ativos. Mesmo que a bandeira seja revertida, o secretário afirma que o Governo Municipal não descarta novas medidas restritivas. “Nós tínhamos a dimensão de que já estávamos em uma curva ascendente. […] Conversei com o Prefeito e com alguns membros do Governo de enrijecermos mais as medidas, mesmo ficando em bandeira laranja”.
Seriam dois cenários possíveis. O primeiro, com a bandeira vermelha mantida, as medidas de restrição entrariam em vigor já na terça-feira. Já no segundo, caso o recurso fosse aceito e a bandeira laranja retornasse, até o fim de semana, gradativamente as ações seriam implementadas. “(Serão) algumas questões de comercio. Algumas restrições terão, não o fechamento, mas questões de horário. […] Assim como em relação às linhas de ônibus, nós já estamos conversando internamente e hoje a tarde, de acordo com a bandeira, a gente pode chamar as empresas para dar uma conversada mais de perto. Bem como os supermercados, que também foi um problema no final de semana”, diz Fialho sobre as possíveis restrições.
Ainda sobre o final de semana, por conta do feriado de dia dos país no domingo (9), o secretário diz ter sido visível o aumento no número de pessoas circulando nas ruas de Livramento. “Foi um final de semana atípico muita gente de fora da cidade. Não é nem turista, são familiares de outras cidades vindo”, opina.
Já do outro lado da fronteira, a preocupação do secretário é referente à falta de utilização dos equipamentos de proteção por parte dos cidadãos riverenses. “A gente acha que não basta só Livramento fazer a sua parte, Rivera teria que dar uma contribuição também”. Perguntado sobre o acordo binacional, que previa o espelhamento das ações entre às cidades, Fialho disse que não que o Prefeito e a Intendente Departamental de Rivera não têm tido oportunidade de se reunir para alinhar as ações.