dom, 20 de abril de 2025

Variedades Digital | 19 e 20.04.25

“A gente trabalha porque precisa trabalhar”, diz representante dos taxistas

Quatro meses depois da morte de Rudiney Martins, os profissionais não se sentem seguros

No primeiro dia do mês de julho completaram-se quatro meses desde a morte do taxista Rudiney Martins, de 36 anos. O crime chocou a cidade e mobilizou ainda mais os profissionais que cobraram as autoridades por mais segurança, principalmente no período da noite. Dois dos três envolvidos continuam presos e o outro, menor de idade, responderá em liberdade. De acordo com Giovana Müller, delegada responsável pelo caso, o inquérito foi remetido pouco tempo depois do ocorrido, em fevereiro. Agora aguardam a denúncia do promotor e o início da ação penal.

Mesmo assim, a classe dos taxistas, representada por Emerson Menezes, popularmente conhecido como Neco, garante que a justiça ainda não foi feita. “De forma alguma. A gente sabe que tem dois lá, preventivamente presos, mas a gente também tem a consciência de não saber até quando a justiça vai poder segurar eles lá. Tem um terceiro que está solto. Uma mãe está chorando hoje a perda de um filho trabalhador para ter um delinquente passeando aí […] Esses dois estão lá, mas amanhã ou depois a justiça vai ter que soltar, a gente sabe que funciona assim”, lamenta.

Quanto às mudanças no exercício da profissão, Neco pondera. “A única coisa que realmente mudou é a falta do Rudiney na noite. Era um cara que trabalhava na noite, era amigo de todo mundo, foi o que mudou. […] A gente trabalha porque precisa trabalhar, mas tu não sabe quem tu vai carregar. Era já para terem tomado algumas medidas, principalmente nos finais de semana. […] Até prenderem os delinquentes, eram feitas abordagens em táxis, pediam documentos dos passageiros e isso não existe mais hoje”. O representante dos taxistas disse ainda que a classe não se sente segura e pede mais atenção dos órgãos de segurança pública.

Questionada sobre as ações e abordagens, a Brigada Militar (BM), representada pelo Sub Comandante do 2° Regimento de Polícia Montado (2°RPMon), Major Aníbal Menezes da Silveira, disse que o trabalho continua. “Só no primeiro semestre de 2020, temos em torno de 11 mil e 200 pessoas abordadas, só no município de Livramento. […] No primeiro quadrimestre, nós fizemos em torno de 5 mil e 600 abordagens à veículos. Foram retiradas de circulação três armas de fogo nesse primeiro semestre, então com essas ações nos entendemos que estamos colaborando e levando mais segurança também para esses profissionais”. Silveira também destacou a ação conjunta com a Polícia Civil (PC) para localizar e prender os indivíduos envolvidos no crime cerca de dois dias depois. “A gente entende que a resposta foi dada à altura”, opina.

O CASO

Na noite de 19 de fevereiro, o taxista Rudiney Martins sofreu um assalto durante uma corrida no bairro Wilson e acabou sendo esfaqueado. Segundo informações repassadas por um colega de Martins, o fato teria acontecido por volta das 3h, quando o taxista teria sofrido pelo menos oito perfurações. Após ter sido esfaqueado, ele ainda conseguiu comunicar-se com os colegas pelo rádio sobre o incidente e foi socorrido pelos próprios taxistas. Após 12 dias em estado grave na UTI, o taxista não resistiu aos ferimentos.

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  A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, realizará, no dia 22 de abril (terça-feira), às 15h, uma Audiência Pública crucial para debater a grave situação do agronegócio no Rio Grande do Sul. Proposta pelo deputado federal Afonso Hamm, a iniciativa visa encontrar soluções urgentes para os desafios que assolam o setor, como os