Márcio criou a vaquinha, pois existe demora nos procedimentos do SUS provocados pela pandemia
O santanense Márcio Dorneles pede ajuda para comunidade. Seu pai Eni Pires está passando por uma situação delicada, Eni recentemente sofreu um AVC isquêmico, causado pela falta de sangue em uma área do cérebro pela obstrução de uma artéria.
Márcio conta que seu pai necessita de exames e remédios que custam, em média, R$ 500 por semana, totalizando aproximadamente R$ 2 mil por mês: “Meu pai teve um AVC e precisa de remédios que as doses, para uma semana, custam mais de R$ 500. O tratamento dele iria durar um mês, mas conforme nova consulta, o tratamento terá duração de, pelo menos, um ano juntamente com a fisioterapia para recuperar o máximo possível o lado direito, que foi debilitado. Já conseguimos ajuda para o primeiro mês de tratamento, então precisamos de ajuda para custear o resto do tratamento, no valor total de R$ 26 mil que inclui apenas custos com remédios, já a fisioterapia eu tentarei vender parte do meu negócio, pois sou dono de uma loja de games, para arcar com os custos”, conta.
Ele ressalta que está passando noites em claro e agindo na frente de seu pai da forma mais tranqüila possível para passar forças ao seu genitor: “Faz sete dias que não durmo direito, choro o tempo todo, preciso agir como se nada tivesse acontecendo na frente do pai para poder passar força a ele. Em mais de um mês pedindo ajuda absolutamente ninguém duvidou da minha intenção de apenas cuidar do pai, muita gente que eu nunca vi na vida ajudou e ainda está ajudando. Aconteceu em um grupo onde pedi ajuda, de uma pessoa duvidar que estava pedindo ajuda ao meu pai, tive que me submeter a tirar foto do meu RG pra poder mostrar que é meu pai mesmo”.
Questionado sobre o Sistema Único de Saúde, Márcio destaca a falta de medicamentos gratuitos: “Nesta época de pandemia não se consegue nenhum tipo de medicação gratuitamente, tentei mas tudo tá em falta, e fisioterapia pelo SUS dizem que não estão atendendo ninguém acima de 60 anos por ser do grupo de risco do covid e ter o perigo de passar algo para ele, mas eu vou dar um jeito de pagar fisioterapia particular para ele, dia 15 de junho é aniversário de 82 anos dele e eu não quero ver meu pai do jeito que está. Todo dia eu me sinto culpado por não poder dar um tratamento digno pra ele sem pedir ajuda, pois faz dois meses que não trabalho direito”.
João Victor Montoli
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