seg, 20 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 18 e 19.01.25

Sem poder trabalhar, santanense inova e lança a Bike do Lanche

O que começou por acaso, hoje é fonte de renda para a família

Proprietária de duas vans de transporte escolar há cinco anos, a santanense Cátia Santana está sem poder prestar seus serviços desde o início do mês de março, quando as aulas foram suspensas no município em função da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Sem a sua única fonte de renda, a saída foi se adaptar à situação e buscar alternativas para manter as contas em dia.

A ideia surgiu de um pedido da filha Maria Clara, de dois anos, que, em um final de semana, queria comer pastel. “Eu ficava pensando no que eu podia fazer, até que em um final de semana […] ela pediu pastel para a minha mãe, e aí a minha mãe disse: vamos fazer massa caseira”, explica. A partir daí, as duas foram às compras dos ingredientes e depois para a confecção dos pastéis.

Entretanto, após todos provarem os pastéis, alguns sobraram e veio a ideia de vendê-los. “Meu irmão tem um armazém aqui na Tabatinga e sempre junta alguns amigos por ali. Eu liguei pra ele e perguntei quantos estavam por lá. Aí, do nada, eu peguei os pastéis, fui lá e ofereci a R$ 2,00, eu vendi todos, tirei o dinheiro para a farinha e para o guisado e no outro dia eu comecei”, comenta.

Ainda com a ajuda da mãe, Zilda Santana, Cátia continuou com as vendas pelo bairro. “Comecei com duas caixinhas de isopor no ombro, uma de cada lado. […] No outro dia vendi em torno de 90, no final de semana já foram a cem e já cheguei a vender 150 em um sábado”, complementa.

Entretanto, a agora vendedora, enfrentava uma certa dificuldade com as caixas de isopor. Isto porque pelo volume dos compartimentos, tornava-se muito difícil aumentar e transportar a quantidade de produtos pelas ruas do bairro. “Aí me veio uma ideia de eu botar tipo de um triciclo ou uma bicicleta. Daí eu me informei, fui lá e comprei uma bicicleta e agora eu estou com uma bicicleta de carga. Já não é necessário carregar as caixas nos ombros e eu tenho mais opção”, conta.

Agora, com a nova aquisição, além dos pastéis, Cátia oferece coxinhas, rissoles, fainá e torta napolitana, tudo fabricado por ela em conjunto com a mãe. Provando que é um negócio de família, além de contar com a ideia da filha e com a ajuda da mãe, Cátia ainda recebe a ajuda do filho Pedro, de 7 anos, para realizar as entregas.

“Ele vai comigo. Quando estava a pé ele ia a pé, até em dia de chuva nós vendíamos, de guarda-chuva. Agora ele vai na bike dele e eu na minha e, graças a Deus, a gente está se virando”, comemora. Ainda sobre o novo negócio, Cátia diz ter muito orgulho da nova empreitada e que espera servir de inspiração para outras pessoas.

“Tá indo super bem. […] Eu tenho orgulho disso. Eu não postei no Face para terem pena de mim, eu postei para incentivar as pessoas que têm tudo e não agradecem ou cruzam os braços. […] Eu estava a fim de desabafar, no outro dia dobrou as vendas”, relata.

Desta forma, Cátia continua vendendo seus produtos e adaptou sua rotina. Pela manhã produz os alimentos e à tarde sai junto ao filho para realizar as entregas das encomendas. Um verdadeiro exemplo de visão e empreendedorismo. Quem deseja realizar encomendas dos salgados, pode entrar em contato através do telefone: (55) 9 8462-1062.

Matias Moura
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