Infelizmente, o sistema é falho. No momento em que diversas pessoas no Brasil perderam seus empregos com a pandemia, o Auxílio Emergencial se tornou talvez a única fonte de renda de muitos brasileiros. Luiz Carlos, natural de Uruguaiana, até o mês de fevereiro estava em Vacaria, na colheita das maçãs. Uma oportunidade de um emprego melhor surgiu em Livramento, vindo para a cidade com sua esposa no final do mesmo mês.
Já em Livramento, Luiz estava trabalhando como pedreiro em uma obra particular. Semanas depois, surgiu o primeiro caso de coronavírus no município e medidas de isolamento social foram tomadas, interrompendo assim o serviço de Luiz, que foi demitido. Passado aproximadamente três meses, Luiz pediu o Auxílio Emergencial, assim que foi liberado, porém ele aguarda a mais de 60 dias a aprovação de seu pedido que ainda segue em análise, sendo que neste mês, alguns beneficiados receberão a terceira parcela.
Luiz, sem fonte de renda fixa, realizava “bicos” e tinha uma média de R$ 300 por mês. Atualmente, ele encontra dificuldade e o medo das pessoas verem um homem (Luiz) desconhecido batendo na porta pedindo um trabalho. Ele está no momento morando com a sua irmã em uma casa humilde na rua Alfredo Leal 56 e pede uma simples oportunidade, podendo trabalhar em qualquer serviço digno que surgir: “Me falta oportunidade de mostrar meu serviço. Trabalhei muito tempo em Uruguaiana na construção civil, estava agora há pouco em Vacaria, realizando a colheita de maçãs e sempre trabalhei, eu só quero uma chance de mostrar que meu serviço é caprichado e ter uma renda para sustentar minha família. Trabalho como pedreiro, mas estou disposto a trabalhar em qualquer área, de maneira digna e conseguir uma renda para sustentar a minha família. Posso trabalhar como faxineiro, caseiro em casas na área rural, já trabalhei como alambrador de cercas, enfim, somente preciso de uma oportunidade real para mostra que sou capaz”, conta.
Luiz ainda não tem previsão se irá receber o benefício liberado pelo governo de R$ 600. A incerteza o preocupa, ele não possui celular, mas informou o telefone de sua sobrinha que é o (55) 9 9625-2157. Qualquer tipo de ajuda é bem-vinda, seja oportunidade de emprego e até mesmo alimentos para manutenção de toda a casa. Produtos como colchões e guarda roupas são bem-vindos. Repetimos o endereço: rua Alfredo Leal 56 – bairro Carajás.