Segundo o corretor rural João Batista Ocaña a procura continua em alta em meio ao cenário de incertezas
Os produtores rurais do Rio Grande do Sul estão sofrendo por dois problemas: a pandemia do coronavírus, que praticamente mudou toda a forma de negócio gerando um cenário de incertezas, e a estiagem que assola praticamente todo o estado causando prejuízos milionários para quem produz. Em nossa região, como foi mostrado na edição impressa da semana passada no Jornal A Plateia, os pecuaristas estão apreensivos quanto ao mercado de compra e venda de gado.
Para o corretor rural João Batista Ocaña, proprietário da JB Negócios Rurais, o momento realmente inspira cuidados na hora de fechar negócios, mas eles continuam acontecendo mesmo em menor escala. “A compra e venda de gado gordo e de invernar segue firme. Todas as semana estamos carregando. Logicamente que tudo dentro do mercado que se forma neste momento. O gado gordo tem uma boa procura pelos frigoríficos, inclusive com o preço reagindo um pouco. Já o gado de campo nós não temos mais por conta dessa estiagem. Os animais de invernar também estão escassos. Mas, mesmo assim, todas as categorias de venda estão tendo mercado, algumas com um valor pago abaixo do que estava sendo praticado, como é o caso do gado de invernar que está com preço 20% menos. Nós esperamos que, com essa chuva que caiu nos últimos dias, que no geral foi em torno dos 20mm, aquelas pastagens que estavam germinadas e aquelas que estavam por vir se desenvolvam e a partir daí o panorama comece a melhorar”, comentou.
Matias Moura
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