Mais de 40 equipamentos já foram entregues
Sem poder paralisar as suas atividades durante a pandemia causada pelo novo Coronavírus (COVID-19), por exercer uma função considerada como essencial, o taxista Emerson Menezes passa um tempo considerável circulando pelas ruas de Sant’Ana do Livramento. Ao longo dos dias de trabalho, pode verificar a dificuldade que os seus colegas enfrentavam em adquirir máscaras de proteção, que passaram a ser de uso obrigatório para todos os profissionais após a publicação de um decreto municipal.
Pensando nisso, lembrou que sua esposa, Lhiane Ortiz, possuía uma máquina de costura e embora não trabalhasse como costureira, detinha certo conhecimento na área. Foi então que o taxista sugeriu que ambos dessem início à fabricação das máscaras em casa para serem distribuídas pelos pontos de táxi.
Com a colaboração de Lhiane, Menezes comprou o material e as máscaras começaram a ser produzidas e entregues. “Foram mais de 40 máscaras que distribuímos aos taxistas e também a algumas pessoas que passavam e pediam para poder entrar em locais onde exigiam (o uso da máscara) ”, explica.
O taxista conta ainda que alguns colegas que receberam as máscaras se propuseram a pagar por elas, mas ele não aceitou, pois o propósito é ajudar. “Sempre respondi que não tinha custo nenhum […] distribui para pessoas que não tinham nem máscara e talvez nem condições de comprar”, comenta.
Além dos pontos que já foram contemplados, Menezes projeta produzir mais 50 unidades para entregar aos demais colegas que ainda não receberam e também para deixar à disposição dos pacientes que forem até a Unidade Básica de Saúde do Prado, onde Lhiane atua como agente de saúde. “Tudo que fazemos é pensando que se cada um ceder um pouquinho, iremos passar essa pandemia de forma harmônica e humana. Com uns ajudando aos outros”, pontua.
