A ação foi inspirada por uma artesã de Montevidéu e o produto é entregue de graça
Devido à grande procura pela população, é praticamente impossível encontrar máscaras, luvas e álcool em gel nas farmácias de Sant’Ana do Livramento. Observando essa situação e inspirados por uma artesã riverense que reside em Montevidéu, um grupo de santanenses decidiu dar início à sua própria produção de máscaras de proteção.
Um dos responsáveis pela iniciativa, Rodrigo Ceballos, conta que a namorada e a sogra, que é costureira, se interessaram pela possibilidade de poder contribuir em um momento tão difícil como o que o mundo vive hoje. A partir de então, o trio reuniu alguns retalhos de tecidos que tinham em casa e resolveram dar início à produção.
As primeiras unidades foram entregues a amigos e vizinhos que trabalham diretamente com o público, portanto, estão mais expostos ao risco de contaminação. “Começou pela questão da falta da própria máscara e também alguns locais estavam cobrando um valor alto por elas”, explica Ceballos.
Depois disso, mais pedidos começaram a chegar e a demanda aumentou. A saída foi pedir a colaboração dos amigos. A equipe cresceu depois de que os amigos da Invernada Adulta do CTG Fronteira Aberta abraçaram a causa e deram início à divulgação, arrecadação e distribuição dos equipamentos. Atualmente, além dos três, mais de 30 pessoas participam do processo. Além da equipe da invernada, mais quatro profissionais resolveram aderir à onda de solidariedade e também estão produzindo em conjunto.
Atualmente, dois modelos de máscaras são confeccionados pelo grupo, um deles, feito de TNT, é descartável. Já o outro, é feito com tecido de algodão e pode ser higienizado e reutilizado. “Higienizamos todos os tecidos que recebemos, depois colocamos no sol e só aí passa para a produção. Antes de entregar, (as máscaras) são esterilizadas em um forno para tirar a umidade e bactérias”, comenta o voluntário.
“Estamos fazendo uma listagem tentando atender a todos que solicitam. Estamos trabalhando dia e noite. Só paramos para comer. De madrugada enquanto uns descansam, outros trabalham”.
As máscaras são entregues sem custo nenhum à comunidade, a única solicitação dos voluntários é que, quem puder, colabore com tecidos ou ainda com itens para cestas básicas. “Se não tiver o material, pode contribuir com alimento. Vamos montar cestas básicas e fazer doações porque a gente sabe que muita gente não está podendo trabalhar principalmente os autônomos”, justifica Ceballos.
Quem deseja colaborar com qualquer um desses itens, pode entrar em contato através dos telefones: (55) 9 9935-5186 ou (55) 9 8425-0726, este último também é whatsapp. Ainda é possível entregar as doações na casa de um dos voluntários, localizada na rua Thomaz Albornoz, número 1611, próximo à esquina com a avenida Daltro Filho.