seg, 7 de abril de 2025

Variedades Digital | 05 e 06.04.25

Editorial

Três anos cabem em três meses?

A demanda na coisa pública sempre existiu. Isso é um fato. Já faz um tempo que inventaram até uma metáfora para descrever a posição que as pessoas tem com relação a essas demandas: “um dia você é pedra, no outro, vidraça”. E, independentemente do lado que você está, esse ditado faz todo o sentindo. Porém, em meio a tudo isso, uma coisa em comum é um fato, a demanda que existe há um mês, um ano ou uma década segue existindo. A população é quem retrata essa realidade por meio de um dos instrumentos mais importantes da democracia: a liberdade de expressão. Ah, se não fosse ela! E como ela é importante. Isso porque a dinâmica política existente na administração pública é muito rápida. Quem criticava antes do fim do ano passado, não são os mesmos que criticam agora. E o ponto é que a crítica é sobre os mesmos assuntos de quando estavam no poder. É aquela velha história, parece que é melhor ter o problema e uma espécie de “salvador da pátria” a cada quatro anos, para que haja motivo para uma eleição. Ora, não parece pequena essa discussão?! Lamentavelmente é o que parece acontecer, pois não é um cálculo feito por cima, parece que a medida sempre acontece por baixo. Enquanto nos discursos a discussão é sobre a Livramento ser “o segundo destino turístico do Estado”, perdendo só para Gramado, na serra, a prática é outra. A cidade está muito longe de ser comparado com o primeiro mundo que se tornou a região das hortênsias. Está na hora de perceber que não existe salvador, só na Bahia, e olhe lá. Para Livramento é necessário alguém com visão. Alguém que consiga não errar todos os anos em uma pasta tão importante como educação; alguém que realmente saiba o que significa diálogo; alguém que saiba algo mais do que os nomes das ruas; alguém que saiba não só os nomes das pessoas, mas as dores delas também, pois só assim vamos fazer um ambiente bom para se viver e, principalmente, desenvolver.