Na noite do último domingo (1º), Julio Esteban Sanchez Fierro, de 24 anos foi morto por policiais da Brigada Militar. Segundo informações da polícia, a ocorrência começou quando Esteban, que estava armado, iniciou uma briga em um plantão de bebidas nas proximidades da Avenida João Goulart. Imagens de câmeras de segurança que correm em grupos de WhatsApp, mostram Esteban sacando a arma, um revólver calibre .22, de fabricação argentina, apontando para a cabeça de um homem que estava brigando com ele. Instantes depois, durante abordagem da Brigada Militar, Esteban teria novamente sacado a arma e apertado o gatilho na tentativa de disparar contra os policiais que revidaram iniciando o confronto.
Esteban foi atingido e caiu na calçada durante a ação. Imediatamente a BM acionou o socorro médico que em seguida chegou ao local e prestou os primeiros-socorros. Em virtude dos ferimentos, o homem precisou ser removido e encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia onde acabou falecendo logo em seguida.
O Comandante do 2º RPMon de Sant’Ana do Livramento, Glademir Otero, falou sobre a ação horas depois do ocorrido. Ele destacou que Esteban acertou algumas coronhadas em um dos participantes da briga e “acionou o gatilho duas vezes, com a arma não disparando”.
“A guarnição da BM chegou e recebeu a informação de que um dos indivíduos envolvidos nesta briga estava com uma arma de fogo. Um dos nossos policiais que estava em serviço realizou o acompanhamento do suspeito e tentou abordá-lo e pediu para que ele entregasse a arma, este pedido foi realizado várias vezes. O indivíduo (Esteban) apontou a arma para a guarnição em serviço e acionou o gatilho duas vezes, visto que foi realizada a tentativa de disparos contra a guarnição, a reação da Brigada foi atirar novamente. Um tiro acertou no quebra-mato do revólver, e outros três disparos no indivíduo. Após a contenção, foi visto que a arma estava com o tambor vazio”, completa Otero.
Os passos dados pela Brigada Militar foram de instaurar inquérito, tanto civil quanto militar, as armas foram apreendidas para realização da perícia e o local também foi vasculhado pelos agentes do IGP. Os policiais envolvidos na ação permanecerão na ativa.
A reportagem tentou contato com familiares de Esteban, porém, até o fechamento da edição não haviam se manifestado.
Passagem
Esteban já era conhecido pela Polícia Uruguaia. Em 05 de janeiro de 2013, ele foi preso em Rivera com 700 gramas de cocaína e processado dois dias depois, pelo artigo 31 da Lei uruguaia 14.294, como receptador de drogas e foi encaminhado ao Presídio Cerro Carancho, de Rivera.
Em 2019, Esteban foi detido pela Unidade Investigativa da Zona 1 da Polícia de Rivera e processado por um delito de calúnia e delito de reiteração real com lesão corporal, mas, dessa vez não foi preso.