Nos primeiros 11 meses do ano passado, foram 101 crimes desses tipos ante a 179 no mesmo período do ano anterior. Autoridades atribuem redução à integração dos trabalhos das polícias e do IGP.
Os roubos e furtos a agências bancárias apresentaram queda no estado. Entre janeiro e novembro de 2019, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou 101 casos de furtos e roubos a bancos no Rio Grande do Sul. Isto representa uma queda de 43,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 179 casos.
A redução também é percebida nos casos de ataques a caixas eletrônicos e carros fortes. De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), foram 11 ocorrências deste tipo em 2019, contra 55 em 2018.
Apesar de traumáticos, casos com uso de explosivos também caíram em 2019, e o uso de reféns como cordão humano foi reduzido de 16, em 2018, para 11 em 2019.
O delegado João Paulo de Abreu destaca que, além da integração das polícias e a criação de novas delegacias, o trabalho do Instituto-Geral de Perícias tem sido fundamental na solução dos casos.
“O trabalho feito por eles, desde o atendimento do local de crime, tem sido possível produzir provas a fatos que ocorreram recentemente, em 2018, 2019, fatos que ocorreram há vários anos. Conseguimos, em 2019, esclarecer crimes que não tinham autoria há mais de 10 anos, então esse trabalho é extremamente importante”, diz o delegado.
No entanto, se considerada a estatística apenas como roubos de bancos, onde há violência contra pessoas, os dados são parecidos com o ano anterior. Foram 36 ocorrências em 2019 contra 37 em 2018.
Para reduzir este índice, a Brigada Militar lançou, em novembro, uma operação especial sem data para terminar. De acordo com o subcomandante-geral da Brigada Militar, Vanius Santarosa, uma das estratégias é usar o setor de inteligência para reforçar o policiamento nas pequenas cidades antes dos ataques acontecerem.
“Mapeamos os bancos que têm maior possibilidade de sofrer esse tipo de ação. Esse é um crime de muito impacto para esses municípios de pequeno tamanho, porque são pessoas simples, de vida pacata. E ações de cidade grande, digamos assim, com formação de cordão humano, com armas, tiros pra cima, com uso de explosivo em plena luz do dia, impactam muito a comunidade e geram a sensação de insegurança.”