Inicialmente, Piratini não abre mão em descontar os dias paralisados pela categoria e propõe corte ao longo de seis meses
Em uma segunda reunião para negociar um calendário de recuperação das aulas na rede pública estadual, a Secretaria Estadual da Educação e o Cpers Sindicato não chegaram a um consenso sobre o final da greve que dura quase dois meses. Apesar da contrariedade a respeito da proposta apresentada pelo governo nesta quarta-feira, a entidade sindical informou que a proposição será submetida a assembleia geral dos professores.
A proposta levada pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc) é de pagar o salário da categoria relativo aos dias paralisados de forma integral em folha suplementar a ser rodada em até cinco dias úteis a partir da adesão da categoria ao acordo. No entanto, o Piratini não abre mão em descontar os dias paralisados pelos professores. A medida seria realizada de forma parcelada ao longo de seis meses.
Porém, quando for concluída a recuperação de 25 dias de aulas perdidos no ano passado, o Estado propõe uma nova rodada de negociação para discutir se mantém ou não o desconto. O secretário Faisal Karam disse que o Estado está propondo uma trégua ao impasse. “Ambos lados concordam em priorizar os alunos, por isso a urgência está em recuperar as aulas perdidas e finalizar o ano letivo 2019”, disse o titular da Educação.
Os professores que participaram do encontro na Secretaria da Educação, nessa manhã, rejeitaram a proposta. Argumentam, inclusive, que o impasse poderá interferir no próximo ano letivo. “Para nós há um espaço de diálogo, mas não há nada de concreto em que se possa avançar. Chamei a atenção do governador de que isso pode criar um caldo para que o ano letivo de 2020 não seja iniciado”, alertou Helenir Schürer, presidente do sindicato que representa o Magistério, após a reunião.
O comando de greve do Cpers vai se reunir ainda nessa quarta para definir a data de uma nova assembleia geral da categoria. A expectativa é de que o encontro ocorra na próxima sexta-feira.