dom, 24 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Sem perdão: pai de Gabriel diz que filho não sofreu acidente, foi assassinado

Pai de Gabriel Fonseca, morto em um atropelamento no dia 14 de setembro, falou que espera que a justiça seja feita

Duas semanas já se passaram desde aquele 14 de setembro quando o jovem, de apenas 22 anos de idade, Gabriel Fonseca da Silva foi atropelado nas margens da BR 158. Para os familiares, amigos, vizinhos e conhecidos apenas boas lembranças do jovem alegre e extrovertido que partiu precocemente antes mesmo de realizar a maioria dos seus sonhos. Muitas perguntas sem resposta, e no peito dor e muita revolta.
Segurando nas mãos um retrato do filho que estava alegre e com a camiseta do time do coração, Miguel Luís Saldanha da Silva, 54 anos, divorciado e pais de dois filhos, diz que viu seu mundo desabar naquela manhã de setembro quando as primeiras notícias chegaram pelo rádio. “ Eu tinha chegado há pouco em casa e me deitado. Quando escutei um grito da minha mãe lá na cozinha – “Meus Deus, o Gabriel”. Levantei rápido e fui ver o que era, ela disse: o Gabriel sofreu um acidente. Peguei a moto e saí ligeiro, fui na Santa Casa, no IGP e não tinha nenhuma informação, aí fui até a casa da mãe dele e quando cheguei lá ela me disse chorando: o Gabriel morreu. Nem consigo dizer o que senti na hora. Foi horrível.
Miguel conta que a sua relação com Gabriel era maravilhosa e que ele era um filho muito amoroso e brincalhão, e relembra a última conversa que teve com ele no dia anterior a sua morte. “Ele era um excelente filho. Nunca rodou, sempre tirando boas notas e passando por média. Sempre foi um guri brincalhão, extrovertido, companheiro e parceiro. Onde ele estava raramente tu via alguma tristeza porque estava sempre contente e brincando. Ele era gremista assim com o pai. Guri trabalhador e um excelente pai. Um orgulho. No dia anterior conversei com ele, saí para dar uma volta e passei pela praça Tavares onde haveria um evento do Grêmio e ele estava lá. Parei o carro e conversei bastante com ele, estava visivelmente feliz. Antes de ir embora chamei ele e disse: – Vem aqui que o pai tem um dinheiro pra ti. Ele chegou na janela do carro e disse assim apontando pra sinaleira – Vai pra casa e olho no trânsito. Te cuida, meu velho – era assim que sempre me chamava. Eu nunca vou esquecer dessas palavras. Essa foi a nossa última conversa. E essa foto aqui era o cumprimento tradicional” contou Miguel bastante emocionado.
Sobre o atropelamento, Miguel, fala com muita revolta do assunto, pois segundo ele a pessoa teria cometido assassinato, e não apenas um acidente, pelo fato de ter fugido do local sem prestar nenhum tipo de socorro. “Não foi acidente. Meu Filho foi assassinado. Porque o que ele fez não se faz nem com um cachorro, deixar o guri lá daquele jeito sem avisar ninguém. Fugir e se apresentar praticamente uma semana depois. Não sei os motivos, mas uma pessoa dessas não merece perdão porque podia ser o filho de qualquer um. Espero que a justiça faça a sua parte. Vou lutar com todas as minhas forças para que ele pague pelo que fez. A pergunta que deixo para a população e para esta pessoa é: o que você faria no meu lugar, se alguém matasse seu filho e depois fugisse como se nada tivesse acontecido? Não vamos nos calar para que outros casos assim não venham a acontecer. Acidentes acontecem, mas isso foi um assassinato”, desabafou.
Com o olhar parado e sem dizer mais nada, um pai em busca de justiça segurava nas mãos a última lembrança do filho.

Relembre o caso

Na manhã de 14 de setembro, o jovem de apenas 22 anos, Gabriel Fonseca da Silva, se deslocava de sua residência para o trabalho, um supermercado instalado na avenida Daltro Filho, quando foi surpreendido e atingido de forma violenta por um veículo, na ocasião não identificado, cujo condutor fugiu do local sem prestar socorro. No local, às margens da BR 158 na altura do Km 566,5, próximo ao trevo de acesso à Urcamp, ficaram apenas as marcas do impacto que mostram como o jovem teve seu corpo arrastado por cerca de 50 metros. Com a violência do choque entre o veículo e seu corpo, Gabriel resultou com múltiplas lesões que lhe causaram óbito praticamente de maneira instantânea.
Mesmo experimentados em situações semelhantes, boa parte dos profissionais que estiveram no local, tanto do IGP – Instituto Geral de Perícias, quanto Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, ficaram chocados com a cena. Residente no Jardim Alvorada, a poucos metros do local onde ocorreu o atropelamento, Gabriel costumava percorrer o mesmo trajeto quase todos os dias sempre no mesmo horário a caminho do trabalho.
Caçada ao autor do atropelamento
Assim que as forças de segurança atenderam a ocorrência, iniciou-se uma grande caçada em busca do autor do atropelamento que fugiu do local sem prestar socorro à vítima. Uma verdadeira comoção tomou conta das redes sociais onde os amigos e conhecidos de Gabriel pediam informações que pudessem levar ao autor. O setor de inteligência da Polícia Civil e da Brigada Militar com ajuda de análise de câmeras acabaram localizando e apreendendo uma camionete Hilux preta em uma residência na região central. O proprietário não foi encontrado.
Suspeito se apresenta à polícia
Após dias de buscas, o suspeito se apresentou com seus advogados. Durante seu esclarecimento, ele disse que achava que tinha atropelado um cachorro.
Além disso, em seu depoimento, informou que estava voltando de um evento onde trabalha como DJ, e que, ao cruzar pelo local do acidente, sentiu um forte impacto mas pensou ter atropelado um animal. Após tomar conhecimento de que se tratava de uma pessoa, ficou com medo e fugiu para a cidade uruguaia de Rivera, após alguns dias de buscas por parte do setor de inteligência da Polícia Civil, surgiu um contato de um de seus advogados informando que ele estava disposto a prestar esclarecimentos, porém, tinha medo de sofrer represálias e agressões.

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