sáb, 23 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Capoeiristas realizam treino no Parque Internacional

Na tarde deste domingo capoeiristas que compõe vários grupos na fronteira estiveram reunidos no Parque Internacional para jogar capoeira. A roda se formou ali mesmo em frente ao obelisco da paz, e o som inconfundível do berimbau e do atabaque marcava o compasso dos jogadores que atraíram olhares das pessoas que passavam no local. Uma reunião de amigos para a pratica deste esporte que mistura golpes de luta e passos de danças africanas e que representa tão bem a nossa história e cultura brasileira. Nem o friozinho do final de tarde tirou a concentração do grupo que se reúne pelo menos uma vez no mês para manter vida está arte.

Raízes africanas

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão de obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas.

 

No Brasil

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos da capoeira

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional, criado por Mestre Bimba, caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade. Porém é importante ressaltar que capoeira é uma só, a Capoeira de Angola, considerada a mãe dos outros estilos e mais próxima da capoeira jogada pelos escravos africanos.

Você sabia?

– Em 26 de novembro de 2014, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), declarou a roda de capoeira como sendo um patrimônio imaterial da humanidade. De acordo com a organização, a capoeira representa a luta e resistência dos negros brasileiros contra a escravidão durante os períodos colonial e imperial de nossa história.

– É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.

Fonte : Pesquisa Histórica : https://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm

Prática que se repete, infelizmente…

É extremamente lamentável cada vez que a imprensa é atacada por fazer o seu trabalho, mas, infelizmente, é algo que acontece com frequência. Nesta semana recebemos uma denúncia de um cidadão que registrou em imagens  veículos plotados com a logomarca do Departamento de Água e Esgotos (DAE) no estacionamento de um shopping, em Rivera, sendo, posteriormente, carregados com mercadoria. Cumprindo