A Fazenda Rogembarh abriu as suas porteiras para apresentar seu pomar localizado na região do Cerro do Chapéu. A empresa iniciou suas atividades de pesquisa em 2013 e hoje já está, literalmente, colhendo bons frutos
A fronteira que sempre ocupou um lugar de destaque na pecuária brasileira, principalmente por suas grandes extensões de terras e toda uma tradição agropastoril de mais de dois séculos, vem passando nas últimas décadas por um processo de diversificação da sua matriz produtiva ganhando cada vez mais culturas. Com a chegada das uvas, das oliveiras, da soja, Sant’Ana do Livramento viu as vastas coxilhas se tornarem lavouras, olivais e parreirais que se adaptaram muito bem ao clima da nossa região.
Pois é justamente neste clima de pioneirismo que a família Moraes decidiu trocar a turbulenta e poluída cidade de São Paulo por novos ares e decidiu vir morar na fronteira com o Uruguai. Foi no ano de 2013. A família que reside na localidade do Cerro do Chapéu resolveu iniciar as pesquisas para a criação de um empreendimento voltado à produção de laranjas de mesa, como explica o administrador da Fazenda Rogembarh, Marcos Moraes. “ Nós iniciamos esta pesquisa em 2013 quando viramos a terra e preparamos o solo, já no ano seguinte, em outubro, a gente entrou com as mudas. Nós temos, hoje, na propriedade três tipos de citrus de mesa, que produz uma laranja sem semente, da quanlidade Navelinan, que é a laranja de umbigo e a Valencia Late. Hoje, nós estamos com 17 hecatres plantados e como nós temos um cuidado bastante especial com as plantas a qualidade do produto é exelente. Somente no ano passado nós colhemos 60 tonenadas de laranja de um pomar que foi formado há apenas 4 anos, destacou o empresário.
O empreendimento da família Moraes foi apresentado, nesta quinta-feira (2), em um evento na FazendaRogembarh,organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , para a abettura da safra da colheita da laranja.
Representantes de entidades ligadas ao setor primário e autoridades do município prestigiaram o evento quando foi apresentado todo o projeto da empresa que prevê nos próximos anos expandir seus negócios, além de continuar abastecendo o mercado local. “A nossa expectativa, neste ano, é colher perto de 100 toneladas de laranja e nos próximos anos esse número deve ir dobrando porque as plantas vão crescendo e cada vez produzem mais. Também aquelas plantas que ainda não produzem, estarão produzindo, e nós deveremos chegar até 2025 com uma produção em torno das 600 toneladas da fruta.
Atualmente, a empresa está trabalhando visando o mercado local, onde, inclusive, o seu produto já está inserido nas lojas do Supermercados Righi que, desde o início, se mostrou um grande parceiro comercial. Segundo o empresário Marcos Moraes, a safra da laranja começa em maio e dura o restante do ano possibilitando, assim,ofertar o produto, praticamente o ano inteiro.
Clima favorece a produção
O clima e as características da região são ótimos para o desenvolvimento das plantas, sendo o frio e e geada fatores que contribuem para a doçura das frutas, como explica o proprietário do pomar Rogério Moraes. “O trabalho no pomar é diário, todos os dias nós temos que recorrer todas as plantas para cuidar as formigas que são grandes inimigas. Hoje, são 3 pessoas responsáveis por essa parte e quando entra na fase de colheita nós contratamos mais mão de obra de 7 a 15 pessoas. Atualmente, temos 17 hectares plantados e já temos uma área bem maior de 60 hectares onde nós iremos começar o plantio no próximo ano.
Matias Moura – [email protected]