dom, 24 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

O trabalho de um luthier

(Fotos: Marcelo Pinto/AP)

Em uma pequena oficina, na região do km 5, Lucas Pereira Guedes, exerce uma função pouco conhecida por grande parte da população. O luthier: profissional especializado na construção e no reparo de instrumentos de cordas, com caixa de ressonância. Isto inclui o violão, violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, entre outros. Pensando em aprimorar os seus conhecimentos musicais, o jovem, de 24 anos, resolveu apostar nesta nova profissão e já vem conquistando o seu espaço.
Ele contou que descobriu esse ofício por curiosidade, músico desde pequeno, atuando no seguimento da música cristã, Lucas resolveu estudar sobre o assunto. “ Estou nessa profissão de luthier, profissionalmente, há aproximadamente um ano e dois meses. Mas tudo começou quando era bem jovem, ali pelos 12 anos de idade. Essa profissão é pouco difundida no Brasil, no Rio Grande, aqui em Livramento também. Então, meus instrumentos davam problema e eu não sabia o que fazer, foi aí que comecei a estudar mais sobre o assunto. Foi bastante difícil de conseguir material porque a grande maioria é em inglês e precisei traduzir alguns textos, ler bastante, pesquisar e ficar horas estudando. E quando a gente vai colocar a mão na massa é tudo bem diferente” comentou.
A palavra luthier é francesa, derivada de luth (alaúde). Os termos violaria ou luteria (do francês lutherie, aportuguesado tornar-se luteiro) designam a arte da construção de instrumentos de cordas ou, por metonímia, o ateliê, ou uma loja desses instrumentos.
Originalmente, em português, o nome mais usual para designar o ofício de construtor de violas é o de “violeiro”, existindo também a forma “guitarreiro” desde os séculos XV e XVI, pela simples razão de que a palavra guitarra designava, nessa época, uma das variantes da viola de mão.
Lucas Guedes comenta que na sua “lutheria” são realizados todos os tipos de conserto em instrumentos de cordas, desde violões a guitarras. Geralmente, os instrumentos são enviados para ele para pequenos reparos e ajustes. “Por exemplo, tem aquela pessoa que comprou uma guitarra e as cordas estão um pouco duras ainda, aí a gente recebe ela aqui faz uma regulagem a fim de deixar mais confortável para o músico. Ou então tem aqueles casos em que o cara se descuida, deixa cair o violão e quebra o braço do instrumento, ou qualquer outro dano. Ele traz aqui e a gente revolve. Enfim, tudo o que for referente à manutenção” disse.
Lucas disse ainda que, por enquanto, ele não tem condições de construir os instrumentos porque faltam ferramentas e espaço em seu atelier, sendo que essa é uma das funções do Luthier. “A construção é mais complicada e demorada, já a manutenção não. E a demanda por conserto é muito grande. Mas estamos trabalhando para num futuro breve trabalhar também com a construção de instrumentos”.

(Fotos: Marcelo Pinto/AP)
(Fotos: Marcelo Pinto/AP)
(Fotos: Marcelo Pinto/AP)
(Fotos: Marcelo Pinto/AP)

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