Antecipação se deve a um pedido do Ministério da Saúde para poder abranger Gestantes e Crianças de até cinco anos completos
No próximo dia 10 de abril, inicia em todo o Brasil, e principalmente em Santana do Livramento, uma pré-campanha de vacinação contra a Gripe Influenza. Considerada uma infecção viral comum que pode ser fatal, ela vem fazendo vítimas, principalmente, no Norte do Brasil. Já na cidade santanense, a meta é atingir o grupo prioritário de crianças e gestantes, conforme explicoua Coordenadora Epidemiológica do Município, Gabriela Formoso, em entrevista à Rádio RCC.
“A vacinação foi adiantada na Região Sul do Brasil. Estamos iniciando no dia 10, com uma pré-campanha, destinada a crianças e gestantes e, a partir do dia 22 de abril, a campanha se inicia para os grupos prioritários. Mas este período em específico, do dia 10 ao dia 18, será para vacinar crianças e gestantes”, disse a profissional.
Gabriela explicou que a escolha por estes grupos se deu pela menor cobertura durante as vacinações no passado, por isso, o Ministério da Saúde resolveu instituir este período de imediato.
“Porque são os dois grupos que têm menor cobertura durante as campanhas. Infelizmente, as crianças e as gestantes são as que a gente consegue menos vacinar, então, este ano, o Ministério resolveu instituir um período somente para as crianças e as gestantes para ver se a gente consegue aumentar o numero de vacinados” ressaltou.
A meta de vacinação para este ano, segundo a Coordenadora Epidemiológica, será vacinar um número expressivo de pessoas dos grupos prioritários, que no ano passado, foram o motivo no qual a cidade não cumpriu seu objetivo, na campanha. A única mudança, em relação ao ano de 2018 será o aumento de um ano para as crianças que serão vacinadas. Antes, crianças com cinco anos incompletos eram vacinadas, agora as que têm seis anos, serão vacinadas.
“A gente tem uma meta, de vacinar cerca de 28 mil pessoas dos grupos prioritários. O que mudou neste ano, é que as crianças neste ano serão vacinadas a partir de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias, ou seja, as crianças que já completaram cinco anos neste ano, serão vacinadas, aumentou um ano, esta é a única diferença. O resto continua igual, os idosos, as gestantes, as puérperas, que são as mães que deram à luz até 45 dias depois do parto, os profissionais da saúde, os professores e os portadores de doenças crônicas, eles têm que levar uma solicitação médica, tem que haver um encaminhamento médico para se fazer a vacina”.
Todos os postos de saúde estarão abertos e à disposição do público santanense, respeitando os horários de funcionamento, assim como as unidades sanitárias que funcionam a partir das sete horas da manhã, funcionando até às quatro e meia da tarde. O coordenador da sala de vacinas, enfermeiro Alex Camargo, deixou um recado para o público da capital: “É importante, que as pessoas procurem as unidades para realizar a vacinação, tendo em vista que neste ano, já houve casos de óbito no Norte do país”, ressaltou.
Quem precisa se vacinar contra a Influenza?
• Crianças:
Com idade entre seis meses de vida e 6 anos incompletos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias): todas as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal em 2018, devem receber apenas uma dose em 2019. Para as crianças de seis meses a menores de 9 anos de idade que serão vacinadas pela primeira vez, a aplicação deve ser feira em duas doses, de modo que a segunda dose deve ser agendada para 30 dias após a primeira.
• Gestantes e
puérperas:
Mulheres grávidasem qualquer idade gestacional devem tomar a vacina. Mulheres que deram à luz recentemente, no período de até 45 dias após o parto, também devem se imunizar. Esse grupo deve apresentar um documento que comprove a gestação, como certidão de nascimento do bebê, cartão da gestante ou um documento do hospital onde ocorreu o parto.
• Trabalhador da área de saúde:
Todos os funcionários da área da saúde dos serviços públicos e privados fazem parte do público alvo da campanha. São eles: trabalhadores que atuam na atenção básica e na estratégia da saúde da família; agentes de endemias; funcionários de pronto atendimento, ambulatórios e leitos em clínica médica; pediatria; obstetrícia; pneumologia de hospitais de emergência e de referência para a influenza; e unidades de terapia intensiva;
Trabalhadores de saúde que exercem atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza, incluindo recepcionistas, funcionários responsáveis pela limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias das unidades, equipes de laboratório responsáveis pelos diagnósticos e profissionais que atuam na vigilância epidemiológica, entre outros devem apresentar a carteira de identificação profissional na hora da imunização.
• Professores:
Todos os professores das escolas públicas e privadas têm direito à vacina.
• Povos indígenas:
Toda a população indígena, com idade a partir dos seis meses de vida, também precisa se imunizar. Conforme informe da Dive, a programação será articulada entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena (SESAI).
• Idosos:
Para serem imunizadas, pessoas com 60 anos ou mais de idade deverão apresentar um documento que comprove a idade.
• Adolescentes e jovens com idade entre 12 e 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional:
As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça (Secretarias Estaduais de Segurança Pública ou correlatos) devem se planejar para garantir a imunização deste público conforme previsto no Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.
• Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais:
Para este público, será necessária a apresentação de uma prescrição médica que especifique o motivo da indicação da vacina.
Doadores de sangue que tomarem a vacina contra a Influenza devem aguardar 48 horas após a aplicação da dose para doar sangue.
Transmissão
Como a transmissão deste vírus acontece principalmente por meio do contato com pessoas infectadas ou objetos contaminados por secreções, lugares fechados e semifechados, como creches, escolas, transporte coletivo, aviões e navios são propícios para a contaminação.
Por isso a importância de garantir a imunização, já que são ambientes com grande circulação de pessoas e locais inevitáveis de se estar.