Caso apresentaria referências com o que foi feito em São Paulo e Nova Zelândia
O jovem de nacionalidade uruguaia de 24 anos, iniciais A.L.S.M. foi detido pela polícia uruguaia após ameaças à Direção da Escola e a alunos do Instituto Federal. O jovem prestou depoimento nesta terça-feira (26) a polícia uruguaia pela segunda vez. A ameaça foi registrada inicialmente na polícia brasileira. O rompimento de um relacionamento também teria relação com o caso e está sendo apurado pela Investigação Policial de Rivera. O caso foi divulgado com exclusividade pela reportagem de A Plateia em Espanhol.
Após registro do caso, o jovem uruguaio teria sido levado para delegacia em Rivera para depoimento e depois liberado, contudo, uma nova oitiva do jovem teria levado a sua detenção a encaminhamento para uma apuração psicológica aprofundada. O jovem teria admitido a intenção de entrar no Instituto Federal de Santana do Livramento com uma arma de fogo e de apontá-la a pessoas nominadas e ameaçar servidores ligados a Direção do Colégio.
A Reportagem teve contato direto com duas estudantes do Instituto que admitiram existir a ameaça e que o jovem frequentava o local em razão de um ex-relacionamento. Era do conhecimento de amigos e estudantes que o suspeito das ameaças teria postado em seu perfil no Facebook fotos de armas, postagens sobre o caso do atentado na Nova Zelândia e uma imagem de jovens encapuzados empunhando armas e com auréolas de anjos, sendo a última imagem alusiva ao caso dos assassinos de Suzano em São Paulo. A reportagem de A Plateia fez prints das imagens.
O jovem foi denunciado por autoridades brasileiras e a investigação ficou a cargo da Polícia Uruguaia que agiu rapidamente sobre o caso. O jovem teria trocado mensagens também em grupos de whatApp sobre o atentado. O jovem também seria ex-aluno do IFSul.
Adolescentes relataram medo, alguns afirmaram já buscar na internet mecanismos de defesa e formas de como se comportar diante de um atentado semelhante ao que foi feio em São Paulo. Sabe-se que o caso foi tratado com a Polícia brasileira e os estudantes orientados sobre o fato de possível atentado, inclusive com clareza de que tudo já estava sendo tratado com as autoridades sobre a ameaça. Jovens ainda relataram medo e pavor sobre um possível atentado e medo sobre o potencial agressivo do acusado.
Em contato com a Instituição, a Direção afirmou que não pode comentar o assunto em razão do caso está sendo conduzido pela polícia e de que a orientação das autoridades é para manter a calma sobre a questão, não havendo liberação para comentar o caso ainda publicamente.
Confira link da reportagem em espanhol e vídeo sobre o caso.