Seminário da Universidade Federal do Pampa realiza evento no dia 8
O Festival Internacional de Cinema da Fronteira chega a sua décima edição cumprindo seu caráter internacional. Comemorando sua primeira década de existência, o evento acontece de 27 de novembro a 2 de dezembro, nas cidades de Bagé, Santana do Livramento e Rivera. Para mobilizar os realizadores de audiovisual, de ambos os lados da linha divisória, será realizada a Mateada de Cinema, que marca o lançamento das atividades do Festival naquelas cidades. O encontro gratuito e aberto ao público acontece no dia 8 de novembro, quinta–feira, a partir das 10h30min, no Parque Internacional. Maiores informações no site fb.com/festivaldafronteira.
Mostra Universitária
A roda de chimarrão, que marca o início do X Festival Internacional de Cinema da Fronteira, integra as atividades do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão(Siepe), promovido pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Segundo a Produtora Cultural da Unipampa, Helyna Dewes, o objetivo da ação é difundir e incentivar a produção audiovisual universitária. “Além de fomentar a produção na região, o evento surge a partir da necessidade da própria universidade em produzir e disponibilizar material de divulgação universitário”, completa.
Estão aptos a participar da mostra estudantes de graduação de qualquer nacionalidade ou recém formados, de acordo com regulamento. A mostra competitiva tem duas temáticas: “Unipampa – 10 anos da Lei da criação” e “Unipampa e sua região de atuação”. “A universidade foi criada com objetivo principal de desenvolver a região. A escolha do tema vai ao encontro da característica fundamental da Unipampa”, explica Helyna.
Inscrições e premiação
Quem cumprir os critérios do regulamento pode inscrever sua produção até o dia 14 de novembro, às 12h. Estão aptas a ser submetidas peças audiovisuais (Vídeo institucional, reportagem jornalística e vinheta) e cinematográficas (ficção e documentário), com premiação de até R$ 1.000,00 por categoria, além de troféu e certificado de participação emitido pela Pró–Reitoria de Extensão e Cultura (Proext) da Unipampa.
Dez anos
Assim como o Festival Internacional de Cinema da Fronteira, a Universidade Federal do Pampa está comemorando 10 anos da lei que a instituiu. De acordo com Helyna Dewes, o balanço sobre a presença da Unipampa na região é positivo. “Cada campus tem suas características e suas questões específicas, mas, de uma forma geral, a presença da Universidade desenvolveu muito as cidades–sede”, pondera. Além da questão econômica e tudo o que envolve uma cidade universitária, segundo Helyna, é possível perceber a influência da Unipampa na cultura local. “Para uma cidade conservadora como Bagé, é muito impactante a presença e o convívio dos bageenses com pessoas vindas de diversas partes do Brasil”, finaliza.
Importância do Festival para a produção na Fronteira da Paz
Em dez edições, o Festival Internacional de Cinema da Fronteira já exibiu mais de 500 produções de realizadores de Bagé e região. Muito mais que uma vitrine de exibição, o festival é um incentivo para quem se aventura no audiovisual. É o caso do santanense José Newton Canabarro, envolvido com as artes cênicas há mais de 30 anos. “Tínhamos um grupo de teatro que esteve ativo por décadas aqui em Livramento”, relembra. Para Canabarro, o Festival da Fronteira é fundamental para os produtores da região. “Hoje temos festivais até em escolas de Ensino Médio. O festival universitário também é uma vitrine muito buscada pelos estudantes”, completa.
Com vasta experiência nos palcos, Canabarro teve contato com a produção de cinema em 1983, por ocasião da produção do filme 8mm com o diretor Henrique de Freitas Lima. “Dez anos depois, esse mesmo diretor veio a Livramento rodar o filme “Lua de Outubro”, onde acabei fazendo uma pontinha”, completa. O filme foi lançado em 1998, e narra os acontecimentos registrados durante a Revolução Federalista. Ele também atuou na produção “Os Cabelos da China”, que faz parte do longa “Contos Gauchescos”, também de Freitas Lima, e participou do filme “O Tempo e O Vento”, de Jayme Monjardim.
Apesar das dificuldades, Canabarro conta que a produção em Livramento segue forte. “Temos cinco roteiros prontos. O último foi feito há dois anos. Infelizmente não contamos com patrocínio nem leis de incentivo. É tudo feito na raça. Cada um contribui como pode: paga o próprio almoço, transporte, etc. Tudo com baixo custo total”, finaliza.
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