Tema anunciado no meio da semana pela administração da Santa Casa não foi visto com bons olhos pelo Governo
O que era para ser uma ideia positiva, virou uma discussão negativa dentro do Governo Ico Charopen. O vereador Marco Monteiro (REDE) e o novo diretor administrativo da Santa Casa de Misericórdia trouxeram a público, nessa semana, a ideia de transformar os recursos advindos do estacionamento rotativo – que está prestes a ser implantado – sejam destinados para o único Hospital que faz filantropia em Sant’Ana do Livramento, através do Sistema Único de Saúde (Sus).
“A ideia que eu levantei foi o que deu certo na cidade Rio do Sul, em Santa Catarina. Lá a APAE, através de uma permissão do Executivo e amparada pelo Legislativo, assumisse a gerência da zona azul. 70% do custo fica para a APAE, e 30% para outras entidades beneficentes. Como deu certo lá, eu a trouxe para ser debatida. A questão legal o Município vai ter que resolver. Acho que seria importante e contribuiria muito financeiramente para a Santa Casa”, afirmou Rodolfo Follmer, diretor administrativo da instituição.
O secretário de Trânsito, porém, afirmou que a ideia, se colocada em prática, torna-se ilegal. “Qualquer recurso que venha ajudar a Santa Casa sempre será bem-vindo, ninguém vai ser contra. O problema é que não existe legislação que ampare isso, é ilegal. Todo o recurso que é angariado para o fim de mobilidade urbana, deve ser reinvestido na mobilidade, não podemos encarar o rotativo como sendo em caráter arrecadatório, não pode ser um imposto a mais para a comunidade”, apontou.
Para o idealizador do primeiro projeto do rotativo na Câmara, vereador Carlos Nilo (PP), a implementação precisa autossustentável. “Eu acho que a Prefeitura já deveria ter começado o projeto, seja com uma entidade coordenando ou com uma entidade de saúde e educação, podendo um percentual para a Santa Casa. Acho bom, mas temos que ter cuidado porque se a gente gera falsas expectativas na comunidade, tendo uma instituição quase falida”, afirmou Nilo.