No dia 2 de fevereiro, feriado municipal em Sant’Ana do Livramento, celebra-se o Dia de Iemanjá, uma data de grande importância religiosa e cultural. Esse reconhecimento oficial reforça o respeito pela diversidade religiosa e valoriza o patrimônio imaterial representado pela Umbanda e o Candomblé, tanto para nossa cidade quanto para o Brasil.
A celebração contará com uma procissão que começará com a concentração às 15h30, saindo da Rua Ângelo Del Fabro, nº 80, no Bairro Prado, onde é o Centro de Umbanda Cabocla Jandiara e Ogum Malê. Às 16h, começará a procissão em direção ao Lago Batuva, com cânticos e orações, chegando ao Lago às 17h, onde o evento será realizado de forma aberta à comunidade.
O evento contará com falas dos representantes das religiões de matriz africana da cidade, contextualizando a importância da data. Haverá uma roda de oração e conexão espiritual, conduzida pelos líderes religiosos, com cânticos e reflexões curtas sobre a devoção a Iemanjá, além de apresentações musicais com Ogans e tamboreiros.
Durante o evento, os devotos poderão refletir sobre a importância cultural e espiritual do evento, com ênfase na devoção a Iemanjá, e haverá um espaço para discussão sobre a valorização das religiões de matriz africana. No final da celebração, será possível prestar homenagens individuais ou em grupo à Iemanjá, incluindo a entrega de oferendas, cânticos espontâneos e outras manifestações de fé.
Todos estão convidados a participar, independentemente de sua religião ou crença, para celebrar a fé, a devoção e o respeito às tradições. O evento simboliza a conexão com as raízes espirituais, históricas e culturais, e tem como propósito fortalecer o respeito pela diversidade religiosa e as tradições afro-brasileiras.
Chamada carinhosamente pelos fiéis de “Rainha do Mar”, Iemanjá é um dos Orixás mais venerados do Candomblé e da Umbanda. A história de Iemanjá, segundo Paula Blougleux (Coordenadora da Mulher, Diversidade, Igualdade Racial e Juventude) e o Pai Cristiano (Baba Olotumi de Oxum), remonta à vinda forçada de homens e mulheres negros ao Brasil durante o período da escravização, simbolizando a resistência e a força de todas as culturas que atravessaram oceanos e séculos para formar a sociedade brasileira.