A história dos cristãos na Palestina é um testemunho vivo de resistência e fé diante de uma limpeza étnica e de um genocídio continuado, aplicado a todo o povo palestino, independentemente de fé religiosa, pelos ocupantes sionistas há quase 80 anos.
A comunidade cristã, que remonta aos primórdios do cristianismo, enfrenta hoje uma combinação brutal de deslocamento, discriminação e repressão devido à situação de apartheid imposta por “israel”, que não poupa os palestinos cristãos do sofrimento mais particularmente percebido quando dirigido àqueles de fé islâmica.
O surgimento do cristianismo na Palestina
A Palestina foi o berço do cristianismo. No século I, Jesus Cristo pregou e realizou seu ministério na região, com a cidade de Jerusalém sendo o epicentro de eventos cruciais, como a crucificação e a ressurreição. Durante os primeiros séculos, comunidades cristãs floresceram na região, contribuindo para a disseminação do cristianismo pelo mundo.
No século IV, Eusébio de Cesareia registrou o martírio de cristãos, incluindo os de Gaza e seu bispo Silvano, durante a perseguição do imperador Diocleciano, em sua obra História dos Mártires na Palestina. Mais tarde, nesse mesmo século, a freira cristã Egéria relatou sua peregrinação a locais bíblicos no Egito, Monte Sinai, Palestina Romana, Síria e Mesopotâmia, descrevendo suas visitas a esses lugares sagrados e as bênçãos recebidas dos monges cristãos locais.
Com a ascensão do Islã no século VII, os cristãos palestinos continuaram a coexistir com a maioria muçulmana. Quando os cruzados cristãos medievais chegaram a Jerusalém vindos da Europa Ocidental em 1099, eles encontraram não apenas os muçulmanos que tinham vindo atacar, mas também as antigas comunidades cristãs locais – que foram igualmente massacradas pelos cruzados.
Esta convivência, marcada por altos e baixos, é um exemplo de diversidade religiosa que persistiu por séculos. Apesar de serem uma minoria, os cristãos desempenharam um papel importante na administração local, na educação e no comércio. Locais como Belém, Nazaré e Jerusalém tornaram-se centros religiosos e culturais de extrema importância para a fé cristã.
Os primeiros séculos da era cristã na Palestina foram também marcados por disputas teológicas e políticas. A construção de igrejas icônicas, como a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e a Basílica da Natividade, em Belém, consolidaram a região como um dos principais destinos de peregrinação no mundo cristão. Essas estruturas resistem como símbolos da herança cristã, apesar de séculos de guerras, conquistas e destruição.
A colonização eurojudaica e o início da limpeza étnica
Até meados do século XIX, cerca de 500 mil pessoas habitavam a Palestina. O número de palestinos muçulmanos era cerca de 17 vezes maior do que o de palestinos judeus, e o de palestinos cristãos era três vezes maior que o de seus concidadãos judeus.
No final do século XIX e início do século XX, a Palestina viu o aumento da imigração estrangeira judaica, impulsionada pelo movimento sionista, que nascia na Europa e foi fundado e apoiado desde os seus primórdios pelo Império Britânico e por outras potências coloniais europeias.
O ucraniano Vladimir Jabotinsky, um dos fundadores do sionismo, defendia a limpeza étnica da Palestina já em 1923. Em seu livro “A muralha de ferro”, escreveu que nunca uma colonização “aconteceu com o acordo da população nativa” e admitia que “os nativos lutaram porque qualquer tipo de colonização, em qualquer parte, em qualquer época, é inadmissível para qualquer povo nativo”.
Ele confessava integralmente o caráter colonial do empreendimento sionista ao compará-lo com a chegada dos espanhóis na América ou ao massacre dos indígenas no que passou a ser os EUA. Dizia que os palestinos autóctones “olham para a Palestina com o mesmo amor instintivo e o mesmo autêntico fervor com que qualquer asteca olhava seu México ou qualquer sioux contemplava sua pradaria”. “Portanto”, continuava, “é inconcebível um acordo voluntário. Qualquer colonização, ainda que a mais restrita, deve-se desenvolver desafiando a vontade da população nativa”.
Jabotinsky terminava sua argumentação reconhecendo que o colonialismo sionista deveria se apoiar no Mandato colonial britânico: “mediante a Declaração Balfour ou mediante o Mandato, é indispensável a força externa para estabelecer no país as condições de dominação e defesa pelas quais a população local, independentemente de seus desejos, veja-se privada da possibilidade de impedir nossa colonização, em termos administrativos ou físicos.” E concluía: “a força há de jogar seu papel, com energia e sem indulgência.”
A partir da virada da década de 1920 para a década de 1930, a Agência Judaica, financiada por banqueiros e grandes empresários judeus, começou a comprar grandes quantidades de terras para instalar colonos judeus na Palestina. No início da década de 1930, vinte mil famílias camponesas palestinas haviam sido expulsas das terras que cultivavam pelos sionistas europeus. Quase todas as terras adquiridas pelos sionistas na Palestina eram de latifundiários não palestinos, especialmente de proprietários feudais libaneses das famílias Sursock, Tayyan, Tueni e Medawar, ou mesmo antes, da administração otomana, em leilões públicos de terras confiscadas de camponeses palestinos que não conseguiam pagar os impostos (estima-se que 93% das aquisições sionistas tenham se dado nesta modalidade).
Em meados da década, foi fundada por importantes investidores e empresários sul-africanos (brancos) a empresa Investimentos Afro-Israelenses, que começou a adquirir terras na Palestina.
“O governo do Mandato deu ao capital judeu um status privilegiado, atribuindo-lhe 90% das concessões na Palestina. Isso permitiu que os sionistas conseguissem controlar a infraestrutura econômica da região (projetos de estradas, minerais do Mar Morto, eletricidade, portos etc.). Por volta de 1935, os sionistas controlavam 872 das 1.212 empresas industriais da Palestina”, segundo o historiador judeu Ralph Schoenman, em sua obra “A história oculta do sionismo”.
A colonização promovida pelo imperialismo britânico, com seu governo e seus bancos, veio acompanhada de uma supressão do movimento pela independência da Palestina. As tropas britânicas incorporaram milícias judaicas para reprimir a guerra anticolonial palestina de 1936-1939 e aprofundar o seu controle totalitário sobre a população autóctone, facilitando a infiltração sionista.
A catástrofe
A recomendação da partilha da Palestina, pela ONU, para levar um estado judeu, o “estado de ‘israel’” (por pressão dos EUA, contra a vontade dos membros árabes e sem consulta à população local) em 1947 marcou um ponto de inflexão dramático. A chamada Nakba (“catástrofe”, em árabe) resultou na expulsão de mais de 750 mil palestinos de suas terras, dentre eles milhares de cristãos.
Em cidades como Belém e Nazaré, populações cristãs historicamente significativas enfrentaram desapropriações e restrições. Os colonos “israelenses” tomaram terras e recursos, enquanto muitos cristãos foram forçados ao exílio. Essa limpeza étnica tem persistido ao longo das décadas, resultando em uma redução dramática no número de cristãos na região.
A perda de territórios e a fragmentação social que se seguiu também afetaram os locais sagrados do cristianismo. Igrejas foram destruídas ou isoladas por postos de controle e muros de separação, dificultando o acesso dos fiéis. Além disso, a pressão econômica e a marginalização política levaram muitas famílias cristãs a emigrar, especialmente para a América Latina e os Estados Unidos.
O impacto da Nakba continua a ser sentido até hoje. Territórios que outrora eram administrados por comunidades cristãs palestinas tornaram-se alvo de políticas de judaização. Essas políticas buscam transformar o caráter demográfico e cultural da região, negando aos palestinos cristãos e muçulmanos o direito à memória e à herança histórica de seus próprios espaços.
A repressão contínua e a situação em Gaza
Desde 1967, com a ocupação “israelense” ilegal da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza, os cristãos palestinos têm enfrentado dificuldades crescentes. Postos de controle, o muro de separação e restrições de movimento dificultam o acesso a locais de culto e trabalho. Em Jerusalém Oriental, cristãos relatam um aumento na hostilidade por parte de colonos e autoridades “israelense”, incluindo vandalismo contra igrejas, cemitérios cristãos e propriedades privadas de palestinos cristãos.
Em Gaza, onde uma pequena minoria cristã reside, as condições são particularmente graves. Sob bloqueio “israelense” há mais de 18 anos, os habitantes sofrem com a falta de eletricidade, água potável e cuidados médicos. Durante a atual fase do genocídio (iniciada em 7 de outubro de 2023), igrejas históricas, como a Igreja de São Porfírio, considerada uma das mais antigas do mundo, talvez a terceira em antiguidade, foram alvo de bombardeios, resultando em mortes e destruição.
Reportagem da Al Jazeera destaca o desespero dos cristãos em Gaza enquanto suas comunidades e patrimônios são devastados. Em um dos ataques mais recentes, refugiados na Igreja de São Porfírio foram mortos, um reflexo cruel do impacto indiscriminado dos bombardeios “israelenses”. Além disso, a falta de segurança levou muitas famílias cristãs a emigrar, deixando para trás um vazio cultural e religioso.
Para muitos, Gaza tornou-se sinônimo de resistência e sofrimento. A comunidade cristã, que já foi vibrante, agora está reduzida a algumas centenas de pessoas, vivendo sob constantes ataques e um bloqueio devastador. Esses cristãos compartilham o destino de seus compatriotas muçulmanos, em uma luta coletiva por sobrevivência.
Genocídio em Gaza e o silêncio do Ocidente
O genocídio sionista, o bloqueio, os ataques aéreos constantes e as condições desumanas impostas à população configuram uma campanha sistemática para aniquilar uma identidade nacional e religiosa.
Os cristãos palestinos, embora minoria, compartilham do sofrimento de seus compatriotas muçulmanos. Eles são frequentemente ignorados por igrejas no Ocidente, que apoiam “israel” politicamente ou escolhem não se envolver em críticas. O silêncio das igrejas estadunidenses é particularmente ensurdecedor, conforme relatado pela revista The New Republic. Este abandono intensifica a sensação de isolamento e desesperança entre os cristãos palestinos.
“Sob a ocupação israelense, passei por inúmeras dificuldades e dores como palestino”, escreve Fares Abraham, um cristão nascido e crescido em Belém. “Minha mãe foi baleada na frente de nossa casa em Beit Sahour enquanto tentava nos levar para um lugar seguro quando soldados israelenses se aproximavam da área em que morávamos. Meu pai, que acreditava na não-violência e se recusou a pagar impostos como parte da campanha ‘sem impostos, sem representação’ na Primeira Intifada, acabou na prisão, e o exército israelense confiscou todos os nossos pertences. Meu amigo de infância Salam Musleh foi baleado e morto por um colono israelense quando tinha 14 anos”, continua.
Fares Abraham, contudo, sabe que a situação que experimentou na Cisjordânia não se compara com o que os palestinos de Gaza têm enfrentado há mais de um ano. Inclusive os cristãos. “Embora o mundo agora esteja ciente do assassinato em massa de civis palestinos (…) muitos, especialmente nos Estados Unidos, não sabem que os cristãos palestinos estão entre os mortos, famintos e deixados sem abrigo.”.
Ademais, a cobertura midiática tendenciosa frequentemente marginaliza as vozes palestinas, perpetuando uma narrativa unilateral que ignora o sofrimento coletivo de uma população. Isso contribui para a falta de pressão internacional significativa contra as políticas de ocupação e agressão “israelenses”.
Convivência histórica e resistência conjunta
Ao longo dos séculos, cristãos e muçulmanos palestinos têm compartilhado um legado de coexistência e solidariedade. Em tempos de intensificação do genocídio, como neste exato momento, essas comunidades têm unido esforços para se protegerem e denunciarem a barbárie sofrida.
O bombardeio da Igreja de São Porfírio, onde muçulmanos e cristãos se abrigavam juntos e morreram juntos, em outubro do ano passado, é um exemplo doloroso dessa convivência e da vulnerabilidade compartilhada. Esse ato “israelense” brutal evidenciou que o sofrimento em Gaza transcende barreiras religiosas, afetando todos os palestinos indiscriminadamente.
Abraham tem 25 membros da família de sua esposa (todos cristãos) vivendo em Gaza. Eles se refugiam nas igrejas para tentar se proteger e orar a Deus pelo fim do genocídio. Mas, como mostrou o bombardeio “israelense” da Igreja de São Porfírio, elas também não estão a salvo do genocídio.
Em 12 de novembro de 2023, as forças “israelenses” atiraram fatalmente em Elham Farah, de 84 anos, professora de música e pianista de uma igreja, deixando-a sangrando até a morte por dois dias agonizantes em frente à sua casa em Gaza. Nahid Khalil Anton e sua filha Samar foram vítimas de um ataque a sangue frio de um atirador “israelense” no terreno da Paróquia Católica da Sagrada Família em 16 de dezembro. A Igreja Batista de Gaza, onde a esposa de Abraham cresceu, foi bombardeada e queimada. Os quase 1.000 cristãos que buscam refúgio nas igrejas encontram-se sem acesso a alimentação adequada, assistência médica ou mesmo saneamento básico.
“Os cristãos há muito tempo se perguntam o que Jesus faria hoje. E na guerra atual, acredito sem sombra de dúvida que Jesus estaria retirando os corpos de mulheres e crianças inocentes de debaixo das ruínas de seus lares dizimados e ajudando, alimentando e vestindo os mais de dois milhões de civis inocentes em busca de segurança, comida e abrigo”, opina.
Grupos de jovens cristãos, muitas vezes organizados por igrejas locais, têm desempenhado um papel vital na assistência humanitária e na preservação da identidade cultural palestina. Eles se esforçam para educar as gerações mais jovens sobre sua história e promover iniciativas inter-religiosas que reforcem os laços comunitários.
A solidariedade entre cristãos e muçulmanos não é apenas histórica, mas também prática. Durante momentos de crise, como ataques aéreos ou bloqueios intensificados, as comunidades se unem para compartilhar recursos e oferecer abrigo. Essa unidade desmente as tentativas de dividir a população palestina com base em religião.
Uma comunidade em risco de extinção
A população cristã palestina está em declínio há décadas. Em Belém, cidade natal de Jesus, os cristãos representavam 86% da população em 1947; hoje, são menos de 20%. Em toda a Palestina histórica, 12% da população era cristã até meados do século XIX, quando os primeiros ocupantes eurojudeus foram enviados pelo Império Britânico para colonizar a Palestina. Chegaram a ser 73.000 os cristãos da Palestina Histórica, segundo o censo britânico de 1922 (os muçulmanos eram 600.000, os judeus menos de 84.000). Hoje, os cristãos não chegam a 2%.
Um estudo conduzido pela Universidade Dar al-Kalima na cidade de Beit Jala, na Cisjordânia, e publicado em 2017, entrevistou quase 1.000 palestinos, metade deles cristãos e a outra metade muçulmanos. Um dos principais objetivos da pesquisa era entender a razão por trás do esgotamento da população cristã na Palestina.
A pesquisa concluiu que “a pressão da ocupação israelense, restrições contínuas, políticas discriminatórias, prisões arbitrárias e confisco de terras aumentaram o sentimento geral de desesperança entre os cristãos palestinos”, que estão se encontrando em “uma situação desesperadora em que não conseguem mais perceber um futuro para seus descendentes ou para si mesmos”.
A população cristã de Gaza, por sua vez, caiu pela metade desde 1967. Assim como os muçulmanos de Gaza, esses cristãos estão isolados do resto do mundo, incluindo os locais sagrados na Cisjordânia. Todos os anos, os cristãos de Gaza solicitam autorizações do exército “israelense” para participar dos serviços de Páscoa em Jerusalém e Belém, mas uma parcela ínfima recebe autorização, e apenas com a condição de que tenham 55 anos ou mais e que não possam visitar Jerusalém.
Além da fuga desesperada da perseguição e limpeza étnica promovida pelas forças de “israel”, muitos emigraram em busca de melhores oportunidades e maior segurança, deixando para trás uma comunidade cada vez menor e mais vulnerável.
O genocídio aprofundado desde outubro de 2023 teria dizimado 5% dos cristãos de Gaza (quase o dobro do extermínio da população geral, que é de 2,6%), segundo Khalil Sayegh (29 anos), nascido e crescido em Gaza, onde participava das atividades do Centro Ortodoxo Árabe e da Associação Cristã de Jovens. “A maioria das casas no norte, onde os cristãos viviam, foram bombardeadas. Tudo está destruído”, diz ele à Al Jazeera.
Na Igreja de São Porfírio, cerca de 400 palestinos, incluindo a irmã sobrevivente de Sayegh, ainda estão se abrigando do genocídio “israelense”. Eles têm pouca eletricidade ou comida, e a igreja continua sofrendo bombardeios.
Enquanto isso, a Associação Cristã de Jovens, onde Sayegh passou grande parte de sua infância, se tornou um cemitério, com muitas pessoas agora enterradas sob o campo de futebol em que ele jogava bola.
Os jovens cristãos enfrentam uma escolha difícil: permanecer e lidar com a discriminação sistemática dos eurojudeus ou emigrar e abandonar suas raízes históricas. Igrejas locais tentam resistir, promovendo programas de educação, serviços sociais e iniciativas culturais para preservar a identidade cristã palestina.
Além disso, as dificuldades econômicas, agravadas pelo bloqueio e pelas restrições “israelenses”, tornam cada vez mais difícil para as famílias cristãs sustentarem suas comunidades. A perda contínua de terras e propriedades devido às políticas de ocupação exacerba ainda mais essa crise.
Em Jerusalém, a tensão é particularmente palpável. Ocupantes “israelenses” ilegais (os “colonos”) frequentemente invadem propriedades cristãs, enquanto líderes religiosos lutam para proteger os poucos espaços restantes que ainda estão sob controle palestino. Isso reforça a sensação asfixiante de cerco, alimentando o êxodo de cristãos.
O jornalista e escritor Ramzy Baroud avalia que, “separando os cristãos palestinos uns dos outros e de seus locais sagrados (como também é o caso dos muçulmanos), o governo ‘israelense’ espera enfraquecer as conexões socioculturais e espirituais que dão aos palestinos sua identidade coletiva”.
“A estratégia de Israel é baseada na ideia de que uma combinação de fatores — imensas dificuldades econômicas, cerco e apartheid permanentes, o rompimento de laços comunitários e espirituais — acabará expulsando todos os cristãos de sua terra natal palestina”, observa.
A história dos cristãos na Palestina é uma narrativa de resistência e perda. Desde os tempos antigos até os dias atuais, eles testemunharam transformações que moldaram não apenas sua própria existência, mas também a história global do cristianismo. Hoje, em meio à destruição em Gaza e ao genocídio perpetrado por “israel”, os cristãos palestinos continuam a suportar sofrimentos inimagináveis.
Enquanto a comunidade internacional, incluindo igrejas do Ocidente, continuar a ignorar seu sofrimento, a rica herança cristã da Palestina corre o risco (maior do que nunca) de desaparecer. Para os cristãos palestinos, a luta por sua terra é também uma luta pela sobrevivência de uma identidade que conecta profundamente o passado, o presente e o futuro do cristianismo. Somente por meio de solidariedade global e ações concretas, essa história de fé e resistência pode continuar a ser contada para as futuras gerações.
O legado dos cristãos palestinos não é apenas uma questão religiosa, mas também cultural e histórica. Sua sobrevivência é fundamental para a preservação da diversidade e da história de uma região que moldou o mundo moderno. Ignorá-los seria permitir que uma parte essencial da história do cristianismo e da cultura cristã seja exterminada pelo Herodes dos nossos tempos – Benjamin Netanyahu e sua claque sionista.