Uma paisagem de encher os olhos, onde centenas de capivaras dividem o mesmo espaço de ovelhas da Raça Merino Australiano que produzem uma das lã mais finas do Brasil e tudo isso dentro de uma propriedade particular na Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã. Há mais de 20 anos, a Cabanha M Laneira, de propriedade de Zeca e Sônia Silveira, vem trabalhando no melhoramento genético com base em experiências aplicadas no Uruguai para assim conseguir “afinar” cada vez mais a lã produzida em terras santanenses.
Com base na genética de carneiros do país vizinho e um trabalho criterioso de seleção, hoje, a Cabanha M Laneira é reconhecida como uma das propriedades brasileiras com a lã mais fina do rebanho nacional. Com uma produção anual, por safra, que chega em torno dos 5 mil quilos de lã comercializada diretamente com o Uruguai por intermédio de empresa especializada. “Nós trabalhamos sempre buscando essas linhagens afinadoras, fazendo uma genética com qualidade de lã
Com um produção com base em campo nativo e animais soltos a pasto, a produção da lã colhida na época da esquila é enviada em amostras para o Secretariado Uruguaio da Lã para análise de micronagem (medida que define a espessura da lã) quanto mais baixo for o valor, mas fina é a lã. Com isso, o produto alcança um mercado superior na hora da comercialização. “A nossa lã é enviada para o Sul e lá ela passa por uma série de análises, como rendimento ao lavado , fator de conforto e residência e todos aqueles itens que agregam valor. Há vários anos o nosso produto é comercializado para o Uruguai através de exportação, mas o nosso grande sonho é poder, quem
Sônia destaca ainda que a propriedade vem trabalhando para fortalecer a ovinocultura laneira da Capital Nacional da Ovelha, como foco na criação extensiva em campo nativo aliada à preservação do bioma pampa.