qua, 4 de dezembro de 2024

Variedades Aplateia | 30 e 01.12.24

Conheça a história da cantora Luiza Gomes

Show no Treze de Maio em Santa Maria

A minha história com a música caminha com a minha relação com a cultura gaúcha e a música nativista. Des- de muito pequena, por mais que meus pais não sejam músicos, minha casa sempre foi muito musical. De ouvir música, ir em eventos. Então, em casa sempre tive contato com a música regional, tanto a gaúcha quanto o folclore latino-americano, que é tão mesclado na nossa regiãode fronteira.

E, além de musical, também foi um ambiente onde cres- ci em contato com a cultura gaúcha, com o campo, os animais, o mate, indo na Semana Farroupilha, usando bota e bombacha, vestido de prenda… Quando comecei a fazer aula de música, o palco dos festivais nativistas “para gurizada”, infanto-juvenis, que acontecem muito em Livramento e em cidades ao redor, era o lugar onde podia me apresentar, onde podia concentrar meus estudos e me expressar.

Comecei a frequentar esses eventos, fui gostando, fui fi- cando, e não parei mais! Muito disso porque, com o tempo, fui entendendo que as letras que eu cantava, que meus amigos cantavam, diziam muito das coisas que eu vivia “lá fora”, em campanha. Aconteceu essa identificação e, quando virou a chave, entendi que era essa a verdade que eu queria cantar. A verdade da minha gente e da minha fronteira.

Graças à música e aos festivais, já andei muito por esse Rio Grande, conheci muitas pessoas, fiz muitos amigos e colecionei vários causos por aí. Trabalhar com a cultura

me renova, e fazer música me realiza.
Em poucos lugares sou mais feliz do que no palco, can- tando e tocando. Hoje, que também sou professora de música, sempre que posso, levo meus alunos para esses eventos onde comecei, e incentivo muito para que eles participem. Acredito muito que é uma experiência que pode transformar vidas. Toda esta história me levou a fazer faculdade de música e a seguir dando aulas.
Viver neste meio moldou meus gostos, minha escolha profissional, tudo. É a minha vida. Vejo nossos costumes como algo que nos une, aproxima e diminui as distâncias. Hoje, morando em outra cidade, o momento em que paro para fazer meu mate é o momento em que me sinto mais perto de casa.

Diminui um pouco a saudade, sabe? E com as músicas que canto, também sinto isso, como se estivesse mais próxima dos meus. Claro que viver de arte não é uma tarefa fácil. E ser mulher no meio da música regional ainda é uma realidade onde temos um longo caminho a ser trilhado, pensando em igualdade. É um espaço onde a referência ainda é muito ligada à figura masculina, do gaúcho. É comum vermos eventos regionais, como rodeios, festivais, sem nenhum show com artista mulher. Festivais com 800 canções inscritas e nenhuma compositora mulher classificada, ou sem participar, seja como intérprete ou musicista.

Essas questões, do feminino e da cultura e música gaúcha, são fortes na minha vivência, tanto que meu TCC do curso de Música foi sobre a representação social da mulher na música nativista. E agora, no mestrado, estou estudando sobre como os festivais nativistas infanto-juvenis influen- ciam na escolha profissional de musicistas mulheres que participaram desses eventos.

Existem barreiras sociais, sim, mas já melhorou e muito! Hoje vemos entidades tradicionalistas com patroas, com maior participação de mulheres nos festivais (e ainda pode ter mais!), existe uma produção artística e cultural com mais presença feminina. As portas estão se abrindo e ainda temos muito a avançar. Conquistar este espaço é uma luta do dia a dia, mas fico feliz com cada pequeno degrau, cada conquista nesta busca por igualdade.

Churrasco festivo

A Paróquia Santa Terezinha convida toda a comunidade da Fronteira para um “churrasco festivo” no dia 8 de dezembro. O cardápio, além do churrasco, oferecerá saladas diversas. O evento será no salão da igreja, na Rua Duque de Caxias. 574, a partir das 12h. Cada convite custará R$ 40,00 e os interessados poderão comprá-lo diretamente na paróquia.

📸 Rodrigo Savedra

Lorenzoni lamenta falta de plano de desenvolvimento que garanta competitividade, empregos e melhores salários

O plenário da Assembleia Legislativa votou e aprovou na tarde desta terça-feira, o PL 357/2024, que reajusta o piso salarial regional no RS. Foram 40 votos pela aprovação e três votos contra, dos deputados Rodrigo Lorenzoni, Felipe Camozzato e Guilherme Pasin. Com a aprovação do PL do governo RS, as empresas privadas, empreendedores e contratantes deverão reajustar em 5,25% o

Deputado Federal Zucco se encontra com Jojo Todynho

Nesta terça-feira (3), tive a alegria de conhecer Jojo Todynho, uma artista que vem experimentando na pele o que é lutar contra o sistema. Manifestei meu total apoio e solidariedade a ela por essa campanha de cancelamento nas redes sociais pelo fato de se declarar de direita. Reforcei o convite que fiz para que Jojo fale na Comissão de Constituição