A capoeira, uma arte marcial afro-brasileira que incorpora música, acrobacia e dança, tem raízes na história do Brasil. Ela que foi criada pelos escravos africanos durante a era colonial, serviu como um meio de resistência e preservação cultural. Os praticantes usavam apelidos para evitar serem identificados porque a prática era considerada ilegal na época.
O professor de capoeira Dione Regis Ignácio Garcia, também conhecido como “Quadrado”, é um exemplo vivo dessa tradição. Dione, natural de Sant’Ana do Livramento, tem se destacado na capoeira no cenário gaúcho e nacional. Ele recentemente representou nossa cidade em uma competição com mais de 1.000 lutadores no Rio de Janeiro, alcançando a 8ª posição. Ficando entre os 10 melhores do Brasil, já se prepara para disputar o campeonato mundial de capoeira no próximo ano.
Uma grande variedade de instrumentos musicais é essencial para a prática da capoeira. O berimbau é um arco musical que determina o ritmo do jogo, o atabaque é um tambor que complementa o ritmo, o pandeiro é um tipo de tamborim com soalhas, o agogô é um instrumento de percussão com dois ou mais sinos e o reco-reco é um instrumento de fricção que adiciona textura ao som.
A graduação na capoeira é representada por cordas de várias cores, cada uma representando a medida em que o praticante domina e é habilidoso. Embora os núcleos possam variar de escola para escola, uma paleta de núcleos geralmente segue um esquema que vai do iniciante ao mestre.
Corres utilizadas na hierarquia são divididas por categorias: Alunos utilizam as cores crua, amarelo e laranja. Os graduados utilizam o azul e verde. Instrutores com a cor roxa. Os professores usam o marrom, mestrando a cor vermelha e o mestre com a cor branca onde são chamados de “camisa.”
Cada estilo de capoeira tem algo especial. Entre eles estão os jogos de compra, São Bento, Benguela e Siriuna. Cada estilo oferece um método único para melhorar a prática da capoeira.
Dione enfrentou grandes dificuldades apesar de suas vitórias. Ele relata que a capoeira em Sant’Ana do Livramento não tem apoio e conhecimento suficientes, por isso contou com recursos próprios e ajuda de alunos e amigos para participar da competição no Rio de Janeiro.
Um exemplo inspirador de dedicação e paixão pela capoeira é a história de Dione. Sua trajetória enfatiza a importância de defender e promover essa rica tradição cultural, que continua a se espalhar entre gerações e países.