qui, 21 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Vento Ventania

Coluna Realce | Twister Filme

‘Twister’, de Jan de Bont, foi o segundo filme mais visto de seu ano, 1996. Tornou-se um clássico da Sessão da Tarde, pelas suas constantes reprises, e foi muito querido por quem o viu em sua época. O que justifica uma continuação 28 anos depois de seu lançamento?
Dinheiro. O showbiz americano tem regras lógicas: se deu certo uma vez vai dar certo de novo. Mesmo que o diretor original esteja aposentado e o ator principal tenha morrido. A fórmula está aí, sabendo executá-la teremos mais um sucesso. E não é que funcionou?
Temos em ‘Twisters’ uma espécie de sequência espiritual ao original. Sem nenhum personagem do anterior e sem ser uma refilmagem, apenas o mesmo departamento realizando as suas investigações, o mesmo contraponto (cínico, diria eu) entre dinheiro e ciência (num filme de 150 milhões de dólares, grana que eu aposto que ninguém quer perder). O roteiro é meio bobo, mas isso é normal em filmes assim, aonde tudo é desculpa para as (espetaculares) cenas de ação.
Os mais chatos podem reclamar do excesso de computação gráfica nos efeitos especiais, ao contrário do original, que tinha mais efeitos práticos, e de personagens mal desenvolvidos que parecem ter apenas a função de sair voando sendo levados pelo vento. Concordo. Mas pelo menos tudo é acelerado e fácil de ver. O tipo ideal pra se ver numa noite em que a cabeça esteja cheia e não se queira pensar muito.
Tudo é ajudado pelos protagonistas, que fazem personagens genéricos se transformarem em pessoas de carne e osso. A bela Daisy Edgar-Wrigth se sai bem como a protagonista, uma caçadora de furacões aposentada que topa voltar para ajudar os amigos em uma última caçada. O galã Glenn Powell, revelado em Top Gun, cumpre bem sua missão de ser um youtubber que se rende à ciência e passa a ajudar a protagonista a ‘capturar’ furacões em esquemas computacionais (sei que é difícil de entender, mas o original também era e não era menos divertido por não fazer lá muito sentido). O resto de elenco funciona bem também, por mais que sejam mais arquétipos (cinquenta tons de nerd) que personagens reais, de carne e osso. Os atores podem se desculpar e lembrar que fora os dois protagonistas ninguém mais tem lá muito tempo de se aprofundar, como aliás eles vem dizendo em entrevistas. Reclamação anotada.
O diretor que é um caso interessante… ele vem do circuito de filmes de arte, sendo este seu primeiro blockbuster, seu primeiro filme que vai ser visto pelo grande público. Seu projeto anterior foi o belo e sensível Munari, com múltiplas indicações ao Oscar e um prêmio de atriz coadjuvante. Aqui ele entra no bordel de Hollywood, emulando o trabalho de Jan de Bont no original, bem acelerado e descerebrado. Funciona, o filme é divertido, mas não tem nenhuma impressão digital dele. Espera-se que isso leve a algum filme com mais substância em algum futuro breve, e que esse projeto o ajude a se cacifar. Duvido que ele sonhasse em fazer filmes sobre gente correndo atrás de furacões quando estudava na escola de cinema.

Lorenzoni quer explicações da Portos RS para demora na dragagem das hidrovias

O deputado Rodrigo Lorenzoni enviou nesta quinta-feira (21/11), ofício para a Portos RS, empresa pública do Estado, solicitando plano de trabalho e cronograma completo da execução da dragagem dos canais e das hidrovias do estado. Rodrigo também está requerendo na Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo a convocação do presidente da estatal, Cristiano Klinger, para explicar a demora na