O juiz eleitoral Gildo Meneghello Júnior comentou, nesta semana, sobre alguns desafios relacionados às eleições deste ano. Em entrevista à Rádio RCC FM, o magistrado falou sobre a importância de combater as chamadas fake news no pleito, ou seja, notícias falsas, e frisou que este é um tema que preocupa a Justiça Eleitoral.
Além disso, Gildo falou sobre o período pré-eleitoral e considerou o período “um momento delicado”. Segundo ele, a Justiça Eleitoral tem um olhar especial para essa situação, justamente para evitar o desequilíbrio no pleito eleitoral. “Este momento atual é um ano de preparação para o pleito que vem vindo. Nós temos um calendário muito rigoroso”, comentou.
Sobre este período, Meneghello explicou que os pré-candidatos não estão autorizados a fazerem campanha. “É conhecido como campanha antecipada, o que é uma irregularidade. Acaba gerando a atuação da Justiça Eleitoral como poder de polícia e até mesmo do Ministério Público Eleitoral depois para eventual representação”, explicou.
Outro ponto abordado foi os deepfakes, que é uma técnica de síntese de imagens ou sons humanos baseada em técnicas de inteligência artificial (IA). É mais usada para combinar a uma fala qualquer a um vídeo já existente. “Ela é vedada pela Justiça Eleitoral, ela não é permitida de forma alguma”, alertou o juiz.
Em 2024, também está vedada a utilização de robôs se passarem por humanos. “Nós temos agora uma coisa que está vedada, na nossa legislação atual, que diz respeito a aquele robô que conversa com a pessoa como se fosse o candidato […] é uma forma de enganar o eleitor. Esse tipo de situação está proibida”, frisou. Com relação às fakes news, o juiz enfatizou que não há anonimato nas redes sociais. “Todos nós deixamos rastros”, disse.
URNAS ELETRÔNICAS
Gildo Meneghello garantiu, durante a entrevista, a inviolabilidade da urna eletrônica utilizada em pleitos eleitorais no Brasil. Sobre boatos da possibilidade de fraudes ele afirmou: “Ninguém nunca consegue provar nada”. Ele explicou que a urna não é ligada na internet e que isso impossibilita um hacker, por exemplo, de ter acesso aos dados, momento em que lembrou as dezenas de barreiras que o aparelho conta.